 "ATTA KENARE / AFP")
O governo do Irã pediu a Catar, Arábia Saudita e Omã que pressionem o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a usar sua influência para que Israel aceite um acordo de cessar-fogo imediato com o país persa em troca da flexibilidade de Teerã nas negociações nucleares, disseram duas fontes iranianas e três fontes regionais à Reuters nesta segunda-feira, 16.
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Israel x Irã: escalada de tensão
Na quinta, 12, as Forças de Defesa de Israel promoveram um ataque sem precedentes contra o Irã, instaurando o temor de um conflito generalizado. Em resposta, o país persa lançou uma série de mísseis durante a tarde da sexta.
Entre os alvos de Israel, estavam membros do alto escalão do Estado-Maior e da cúpula de segurança do regime persa. Três deles foram mortos no ataque: o general Mohammad Bagheri, comandante do Estado-Maior das Forças Armadas, o general Hossein Salami, comandante-chefe da Guarda Revolucionária e o general Gholam Ali Rashid, chefe da base aérea de Khatam al-Anbiya.
A justificativa dada por Israel é de que as ofensivas servem como uma “ação preventiva” para refrear o avanço nuclear do Irã. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu o episódio como um último recurso para evitar que o país islâmico detenha mais armas nucleares e afirmou que a operação aérea “continuará por quantos dias forem necessários”, a fim de interromper o programa de enriquecimento de urânio – sistema usado para produzir arsenal nuclear.
No dia seguinte, o líder supremo persa, aiatolá Ali Khamenei, disse em uma declaração que Israel “iniciou uma guerra” e afirmou que não permitiria novos ataques sem consequências. “O regime sionista não ficará ileso das consequências de seu crime. A nação deve ter a garantia de que a nossa resposta não será pela metade“, disse.
Cumprindo a promessa, centenas de mísseis balísticos foram lançados por suas tropas em direção a Israel desde então. Diversas explosões foram ouvidas em Tel Aviv. No domingo, 15, houve uma nova série de ataques israelenses, atingindo os alvos mais profundos no território desde o início das operações militares. Em entrevista ao canal americano Fox News, Netanyahu afirmou que o resultado de sua ofensiva militar “pode certamente” ser a mudança de regime fundamentalista do país adversário no confronto.