O Irã negou nesta segunda-feira relatórios revelados no domingo de que 84% de urânio enriquecido foi detectado, um nível que está pouco abaixo dos 90% necessários para produzir uma bomba atômica, informou a mídia estatal.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse no domingo que está discutindo com o Irã informações publicadas pela agência Bloomberg de que níveis de enriquecimento em torno de 84% foram detectados.

Esta informação mostra “uma distorção dos fatos (…). Até agora, não foi feita qualquer tentativa de enriquecimento acima dos 60%”, afirmou o porta-voz da Organização de Energia Nuclear do Irã, Behrouz Kamalvandi, citado nesta segunda-feira pela agência IRNA.

O porta-voz especificou que “o fato de existirem partículas com teores superiores a 60% não implica que haja um processo de enriquecimento superior a 60%”.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Naser Kanani, disse nesta segunda-feira que o país está “comprometido” com o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (NPT) e o acordo de salvaguardas nucleares da AIEA.

O funcionário alertou para uma politização do papel da AIEA. “O órgão deve atuar dentro da estrutura especializada de suas tarefas”, acrescentou.

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