O ministro iraniano de tecnologia das comunicações e da informação relatou hoje que o serviço de mensagens Telegram transferiu alguns de seus servidores para o país, mas o fundador do aplicativo negou que a transferência tenha ocorrido.

O relatório da agência de notícias semi-oficial iraniana ISNA citou Mahmoud Vaezi dizendo: “Como resultado de reuniões com gerentes do Telegram, alguns de seus servidores foram transferidos para o país”.

Mas o CEO do Telegram, Pavel Durov, disse que não foi isso que ocorreu, reiterando a posição anterior da empresa em uma mensagem em suas redes sociais. “Nenhum servidor de Telegram será movido para o Irã”, ele escreveu.

Vaezi disse que o Telegram planejou usar códigos de cache de terceiros, chamados de CDNs, no Irã em um futuro próximo.

Mas Durov disse que os CDNs, que os serviços baseados na internet, como a Telegram, usam para tornar os dados disponíveis mais rápidos, “não têm nada a ver com o deslocamento de servidores Telegram ou o cumprimento de leis locais não razoáveis”. Esses códigos não conseguem decifrar mensagens criptografadas enviadas pelo Telegram, segundo o executivo.

O Telegram permite aos usuários enviar mensagens de texto, fotos e vídeos pela internet. O serviço se revela altamente criptografado e permite aos usuários configurar suas mensagens para “se autodestruir” após um certo período, tornando-se um favorito entre ativistas e outros preocupados com sua privacidade.

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O Irã informou as redes sociais estrangeiras de que devem mover seus servidores para o país se quiserem continuar as operações.

O Irã bloqueia sites de redes sociais como Facebook e Twitter e censura outros sites. Enquanto as principais autoridades têm acesso irrestrito às mídias sociais, os jovens do Irã e os cidadãos experientes em tecnologia usam servidores proxy ou outras soluções alternativas para ignorar os controles. Fonte: Associated Press.


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