O Irã não considera a possibilidade de congelar a produção de petróleo até que ela alcance o nível que tinha antes das sanções econômicas impostas ao país, de cerca de 4,2 milhões de barris por dia. A informação foi dada por Mehdi Hosseini, que comanda o comitê de revisão de contratos de petróleo no ministério do Petróleo iraniano.

Para Housseini, qualquer nível mais baixo seria o mesmo que uma continuidade das sanções, impostas ao país como resultado de seu polêmico programa nuclear.

“Nossa produção antes das sanções era algo em torno de 4,2 milhões de barris por dia e nossas exportações eram algo em torno de 2,5 e 2,5 milhões “, disse a jornalistas durante uma conferência de petróleo em Paris. “Sendo assim, qualquer número mais baixo que isso significa uma nova sanção contra nós e isso é algo que não vamos aceitar”, declarou.

A declaração está em linha com comentários prévios do Irã sobre o tema e ocorre depois de o país ter deixado de participar de um encontro de produtores globais sobre o congelamento da produção.

Com muitas sanções internacionais retiradas depois do acordo nuclear do Irã com os Estados Unidos e outras potências, o país começa a exportar petróleo para o mercado europeu novamente e está ansioso por reconquistar fatia de mercado. O Irã produz 3,2 milhões de barris de petróleo por dia atualmente e espera elevar esse número para 4 milhões até abril de 2017.

O fracasso da reunião da semana passada em atingir um acordo dominou as sessões em Paris na manhã desta quinta-feira, com participantes questionando se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) havia se tornado uma “organização zumbi”.

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“Ouvi muitas vezes que a Opep tinha morrido, disse o chefe da associação, Abdallah Salem el-Badri. “A Opep ainda vai durar enquanto houver petróleo no subsolo”, concluiu. Do lado de fora, cerca de 30 manifestantes gritavam palavras de ordem contra os combustíveis fósseis e sobre o aquecimento global. Fonte: Associated Press.


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