O presidente iraniano, Hassan Rohani, disse nesta sexta-feira (27) que as inspeções realizadas mostram que seu país não busca desenvolver armas atômicas, apesar de violar progressivamente os compromissos assumidos no acordo sobre seu programa nuclear de 2015.
“Alguns disseram que lançar centrífugas modernas significa que estamos avançando em direção à arma nuclear”, declarou Rohani na televisão pública.
“Explicamos que alguém que quer uma arma nuclear restringe as inspeções completas. Não reduzimos as inspeções”, afirmou.
Em 7 de setembro, o Irã ativou suas centrífugas avançadas para aumentar suas reservas de urânio enriquecido, violando assim os compromissos firmados em um acordo assinado em 2015 entre Teerã e vários países.
Em declarações a jornalistas no aeroporto de Teerã, ao retornar da Assembleia Geral da ONU, Rohani lembrou que todas as atividades nucleares do Irã continuarão sendo monitoradas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
As tensões entre Irã e Estados Unidos aumentaram desde que, em maio, o presidente americano, Donald Trump, retirou unilateralmente seu país do acordo e restabeleceu as sanções econômicas contra Teerã.
Reino Unido, França e Alemanha reiteraram que desejam salvar o acordo que permitiu o alívio das sanções contra o Irã, em troca de que o país limitasse seu programa nuclear. Seus esforços ainda não deram muitos frutos.
Em 1º de julho, o Irã afirmou que aumentou o armazenamento de urânio enriquecido acima do máximo de 300 quilos estabelecido pelo acordo.
Uma semana depois, o governo iraniano anunciou ter excedido o limite de pureza de 3,67% em suas reservas de urânio.