O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, denunciou uma “pressão injusta” sobre seu país durante uma conversa por telefone com Rafael Grossi, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O Irã “rejeita qualquer ação política e qualquer pressão injusta que possa levar a uma escalada de tensões”, declarou o chefe da diplomacia iraniana.
Esta declaração se seguiu à aprovação pelo Conselho de Segurança da ONU da retomada das sanções contra o país devido ao seu programa nuclear.
Reino Unido, França e Alemanha, signatários de um acordo em 2015 conhecido como Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA, na sigla em inglês), destinado a impedir que o Irã obtenha armas nucleares, alegam que Teerã rompeu com seus compromissos no âmbito do tratado e promoveram esta ação.
O acordo, alcançado arduamente, foi arruinado com a saída dos Estados Unidos em 2018, durante o primeiro mandado de Donald Trump na Casa Branca, e Washington retomar as sanções contra o Irã.
“A responsabilidade total pelas consequências desta ação (…) recai nos Estados Unidos e nos três países europeus”, afirmou, em nota, o Ministério de Relações Exteriores iraniano.
Os governos europeus “ainda não demonstraram independência e têm seguido as políticas unilaterais e ilegais dos Estados Unidos”, ressaltou.
Durante muito tempo, as potências ocidentais têm acusado Teerã de tentar obter armas nucleares, uma afirmação que o Irã nega.
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