ISTAMBUL, 6 NOV (ANSA) – O ministro da Ciência, Pesquisa e Tecnologia do Irã, Hossein Simai Saraf, criticou a estudante Ahou Daryaei, enviada para tratamento médico após ter ficado seminua em uma universidade de Teerã.   

“Ela não seguiu a obrigação [do uso] do hijab e infringiu a lei”, afirmou o ministro, que também classificou como “imoral” a viralização nas redes sociais do vídeo onde a estudante de 30 anos aparece vestida apenas com roupas íntimas, supostamente em protesto após ser agredida por um segurança por usar o véu islâmico de maneira inapropriada.   

Segundo Saraf, a ideia de transferi-la a um hospital para tratamento médico, uma vez que o governo a considera como portadora de “problemas psicológicos”, é “ótima”.   

O rótulo de doenças psiquiátricas tem sido usado pelo Irã para justificar o comportamento de várias mulheres e celebridades que apareceram em público sem o hijab, item obrigatório no país para pessoas do sexo feminino, desde os protestos de 2022.   

Já para a porta-voz do governo iraniano, Fatemeh Mohajerani, “a nudez não é aceitável em nenhum país”. Daryaei foi presa com violência por policiais à paisana no último dia 2 de novembro, após ficar de roupas íntimas na Universidade Islâmica Azad, em Teerã. Desde então, o local onde a estudante está segue desconhecido. (ANSA).