Israel está travando uma “guerra psicológica” contra o Irã, afirmou um alto funcionário iraniano nesta quarta-feira (27), em resposta a declarações do chefe do exército israelense feitas no dia anterior a respeito de novos “planos” para conter qualquer ameaça nuclear de Teerã.

“Eles estão travando uma guerra psicológica, eles praticamente não têm planos ou capacidades”, declarou Mahmud Vaezi, chefe de gabinete do presidente iraniano, a uma pergunta sobre as declarações do oficial israelense à margem de um conselho de ministros.

Na terça-feira, o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, Aviv Kochavi, disse que ordenou ao Exército que “se preparasse para planos operacionais adicionais” em 2021, que “estarão prontos” se for decidido realizar uma ofensiva contra o Irã, o inimigo número um de Israel.

“Para defender o Irã, nossas forças armadas estão treinadas. As diferentes manobras que realizamos são sinais de que não temos a intenção de atacar”, ressaltou Vaezi.

“Não temos intenção de ir à guerra, mas levamos a sério a defesa do nosso país”, acrescentou.

Desde o início de janeiro, as forças iranianas realizam exercícios militares no centro do país e no Golfo, usando mísseis e drones.

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Os comentários de Kochavi ocorrem quase uma semana depois da chegada de Joe Biden ao poder nos Estados Unidos. Seu antecessor, Donald Trump, adotou uma política de “pressão máxima” com o Teerã e retirou-se unilateralmente do acordo nuclear iraniano de 2015.

Considerando que a política iraniana de Trump foi um fracasso, Biden apresentou sua intenção de retornar a este pacto, acordado em Viena entre Teerã e o Grupo dos Seis (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) quando Irã respeitar os seus compromissos novamente.

Teerã, por sua vez, pede uma suspensão “incondicional” das sanções e que Washington renuncie às “concessões” para que retorne ao acordo.


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