O Irã acusou a Coreia do Sul nesta terça-feira (5) de manter sete bilhões de dólares de seus fundos “sequestrados”, embora Teerã tenha garantido que a apreensão de um petroleiro sul-coreano na véspera não foi uma medida retaliatória.
Os Guardiões da Revolução Iraniana, o exército de elite do país, anunciaram na segunda-feira que apreenderam um navio-tanque de bandeira sul-coreana nas águas do Golfo que as autoridades iranianas disseram violar “as leis ambientais marítimas”.
Seul pediu a libertação de seu navio, o “Hankuk Chemi”, e dos 20 tripulantes, lembrando que uma unidade naval antipirataria havia se aproximado do Estreito de Ormuz, onde realiza “uma missão para garantir a segurança” do Cidadãos sul-coreanos.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Sul, Choi Young-sam, anunciou que uma delegação será enviada “ao Irã o mais rápido possível para tentar resolver o problema nas negociações bilaterais”.
O “Hankuk Chemi” foi apreendido após uma decisão judicial depois que o petroleiro “causou contaminação por óleo nas águas do Golfo Pérsico”, disse o porta-voz do governo iraniano, Ali Rabii, em entrevista coletiva em Teerã.
“Não fazemos reféns”, acrescentou. “Estamos acostumados a ser alvos dessas acusações. Mas… Foi o governo coreano que sequestrou, sem uma razão válida, sete bilhões de nossos dólares.”
Segundo Rabii, a Coreia do Sul rejeitou ao Irã a possibilidade de usar esses recursos “até para (comprar) bens que não estejam sujeitos a sanções” por parte dos Estados Unidos.