Os reajustes nos preços das atividades de refino de petróleo e das indústrias extrativas puxaram o salto de 1,50% registrado pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) de setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa foi a mais elevada desde outubro de 2015, quando o IPP tinha avançado 1,77%.

Entre as 24 atividades industriais pesquisadas no IPP, 19 apresentaram variações positivas em setembro. As quatro maiores altas foram registradas em indústrias extrativas (14,05%), refino de petróleo e produtos de álcool (4,47%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (2,64%) e outros produtos químicos (2,35%).

Na direção oposta, as quedas mais acentuadas foram as de equipamentos de informática (-0,96%) e máquinas e equipamentos (-0,91%). Os alimentos recuaram 0,19% no mês, a quarta queda consecutiva.

“Os alimentos vinham de uma queda de 1,64% em agosto. Alimentos ainda estão segurando o IPP, mas agora menos intensamente”, ressaltou Alexandre Brandão gerente do IPP no IBGE.

Em 2017, os alimentos registraram apenas um avanço, em maio (0,40%). No IPP de setembro, os alimentos tiveram uma contribuição de -0,04 ponto porcentual para a taxa do IPP, ante um impacto de -0,33 ponto porcentual em agosto.

Em termos de influência, as maiores pressões para a formação total da taxa do IPP de setembro foram de refino de petróleo e produtos de álcool (0,47 ponto porcentual), indústrias extrativas (0,46 ponto porcentual), outros produtos químicos (0,22 ponto porcentual) e metalurgia (0,15 ponto porcentual).