(Reuters) -A menos de uma semana do primeiro turno das eleições, nova pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira mostrou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma oscilação positiva de 1 ponto percentual, passando a 48% das intenções de voto, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manteve estável com 31%.

O levantamento anterior, divulgado há uma semana, trazia o petista com 47% e o candidato à reeleição com 31%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Na reta final da campanha, Lula busca o voto útil para conseguir liquidar a eleição já no primeiro turno no domingo, enquanto Bolsonaro trabalha para garantir que o pleito seja decidido somente na segunda rodada de votação.

Considerando apenas os votos válidos, quando são descartados os brancos e nulos, o Ipec apontou a possibilidade de Lula garantir sua eleição no próximo domingo. O petista conta com 52% dos votos válidos, repetindo o mesmo patamar da semana passada.

A pesquisa avaliou também um possível cenário de segundo turno e apontou que o petista venceria a disputa com uma vantagem de 19 pontos percentuais, também a mesma diferença de uma semana atrás. O placar, de 54% a 35%, também é o mesmo da sondagem anterior.

No tópico rejeição, Bolsonaro é o mais rejeitado, com 51% dos entrevistados afirmando que não votarão no presidente “de jeito nenhum” — há uma semana eram 50%. A rejeição a Lula variou para 35% ante 33%.

SEGUNDO PELOTÃO

No chamado segundo pelotão, com pontuação bem distante dos dois líderes, o Ipec mostrou Ciro Gomes (PDT) com 6%, ante 7% de uma semana atrás, enquanto a senadora Simone Tebet (MDB) manteve os 5% anteriores. Os dois estão empatados dentro da margem de erro. Os demais candidatos somaram 2% das intenções de voto.

Os entrevistados que pretendem votar em branco ou nulo no primeiro turno correspondem a 4%, ante 5% da semana passada, enquanto indecisos ou aqueles que não responderam se mantiveram em 4%.

Segundo o Ipec, Lula tem melhor desempenho do que Bolsonaro entre as famílias com renda mensal de um salário mínimo; beneficiários de auxílio do governo federal; pessoas com ensino fundamental; os que se declaram pretos e pardos; e entre as mulheres, entre outros segmentos.

O atual presidente, por sua vez, se sai melhor que o adversário entre os homens; no estrato evangélico; entre os que se declaram brancos; entre pessoas cuja renda familiar supera os 5 salários mínimos; e em domicílios em que ninguém recebe auxílio do governo federal, entre outros segmentos.

O Ipec também apurou a avaliação de governo. A administração de Bolsonaro é avaliada como ruim ou péssima por 47%, repetindo o patamar da semana passada. A parcela dos que a avaliam como ótima ou boa somou 29%, ante 30%. Os que avaliam o governo como regular se mantiveram em 22%.

Liderado por ex-integrantes do Ibope Inteligência, o Ipec entrevistou 3.008 pessoas entre os dias 25 e 26 de setembro, em 183 municípios.

(Por Alexandre CaverniEdição de Pedro Fonseca)

 

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