O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) ganhou tração pela quarta divulgação seguida ao avançar de 0,94%, no fechamento de novembro, para 1,35% na primeira quadrissemana de dezembro, informou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). É a inflação mais alta registrada pelo índice desde a segunda leitura de fevereiro de 2016, quando houve inflação de 1,42%.

Cinco das oito classes de despesa apuradas pela FGV aceleraram nesta divulgação. A maior contribuição para o aumento do IPC-S partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (3,00% para 5,21%), puxado pelo novo repique das passagens aéreas (24,19% para 32,94%).

Também houve acréscimo nas taxas de Habitação (0,33% para 0,94%), devido ao aumento da tarifa de eletricidade residencial (0,16% para 3,12%); Alimentação (1,88% para 2,24%), com frutas (0,42% para 2,36%); Despesas Diversas (0,09% para 0,14%), puxadas por alimentos para animais domésticos (-1,35% para -0,39%); e Comunicação (0,14% para 0,18%), com reajustes nas mensalidades de TV por assinatura (0,19% para 0,34%).

Na outra ponta, a FGV captou alívio nas taxas de Vestuário (0,04% para -0,28%), com mudança no sinal de roupas (0,01% para -0,40%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,18% para 0,15%), devido a artigos de higiene e cuidado pessoal (0,18% para 0,08%); e Transportes (0,93% para 0,92%), por um alívio na inflação do etanol (7,46% para 6,54%).

Influências individuais

Além de passagem aérea e da tarifa de eletricidade residencial, puxaram a aceleração do IPC-S a gasolina (1,99% para 1,73%), batata inglesa (31,72% para 28,49%) e automóvel novo (1,07% para 1,25%).

Em contrapartida, as principais influências negativas sobre o índice partiram do limão (-24,07% para -26,83%), manga (-15,36% para -13,20%), tarifa de ônibus urbano (-0,38% para -0,49%), creme dental (-2,17% para -2,28%) e leite longa vida (-1,74% para -0,78%).