O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getulio Vargas acelerou a 0,29% em dezembro, após encerrar novembro em 0,27% e a terceira quadrissemana de dezembro em 0,18%. Com o resultado, o indicador fechou 2023 com alta de 3,55%, ante elevação de 4,28% registrada em 2022.

Os resultados vieram acima das medianas da pesquisa do Projeções Broadcast, que apontavam variações de 0,25% para o IPC-S do mês e de 3,48% para 2023.

Nesta leitura, seis das oito classes de despesa que compõem o indicador registraram aceleração, com destaque para Alimentação (0,60% para 1,01%) que foi puxada por hortaliças e legumes (3,36% para 7,07%).

Também houve avanço de Saúde e Cuidados Pessoais (-0,31% para -0,10%), Vestuário (0,25% para 0,52%), Transportes (-0,10% para -0,03%), Despesas Diversas (0,07% para 0,10%) e Habitação (0,23% para 0,24%) puxados, respectivamente, por artigos de higiene e cuidado pessoal (-2,20% para -1,47%), roupas masculinas (0,22% para 0,71%), gasolina (-0,92% para -0,53%), conselho e associação de classe (0,02% para 0,37%) e equipamentos eletrônicos (-0,38% para 0,22%).

Por outro lado, a FGV apurou desaceleração em Educação, Leitura e Recreação (0,67% para 0,42%) e Comunicação (-0,35% para -0,39%), com destaque para o comportamento dos itens passagem aérea (2,98% para 1,55%) e mensalidade para TV por assinatura (0,26% para -0,17%), respectivamente.

Influências

As maiores influências para cima do IPC-S de dezembro partiram de batata inglesa (16,76% para 22,15%); passagem aérea (2,98% para 1,55%); banana prata (11,59% para 13,84%); plano e seguro de saúde (0,65% para 0,65%) e arroz (4,73% para 5,45%).

Entre as pressões de baixa, destaque para gasolina (-0,92% para -0,53%); perfume (-6,60%para -2,86%); xampu, condicionador e creme (0,07% para -2,25%); desodorante (-5,14% para -2,35%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,56% para -0,49%).