A TIM realizou investimentos de R$ 646 milhões no primeiro trimestre de 2018, uma redução de 3,5% comparado com o mesmo período de 2017.
Do total de desembolsos, 87% foram destinados à infraestrutura, principalmente a projetos de rede de transporte, tecnologia 4G e tecnologia da informação.
Seguindo o ciclo de investimentos, a companhia espera acelerar o capex durante o ano, conforme a implementação dos projetos aprovados no primeiro trimestre seja iniciada.
A dívida líquida da TIM atingiu R$ 2,819 bilhões no primeiro trimestre de 2018, queda de 35,5% em um ano. Nesse período, a alavancagem (relação entre dívida e Ebitda) recuou de 0,82 vez para 0,46 vez.
Receita líquida com serviços
A receita líquida da TIM Brasil com serviços atingiu R$ 3,983 bilhões no primeiro trimestre de 2018, montante 6,4% maior do que no mesmo período de 2017. O crescimento foi registrado tanto nos serviços móveis (alta de 6,0%, para R$ 3,778 bilhões), quanto nos serviços fixos (alta de 14,7%, para R$ 205 milhões).
No segmento móvel, o avanço foi sustentado pela linha denominada pela TIM como “Receita Gerada pelo Cliente (RGC)”, que é composta pelas receitas de voz local, voz longa distância e tráfego de dados e conteúdo, que teve alta de 6,6% na comparação anual, para R$ 3,424 bilhões. Já a receita proveniente das tarifas de interconexão seguiram em baixa, com redução de 13,2% no trimestre, para R$ 198 milhões.
A receita média mensal por usuário (Arpu, na sigla em inglês) da TIM no segmento móvel apresentou um crescimento de 13,8% e atingiu R$ 21,6 devido, principalmente, ao crescimento da base de clientes pós-pagos (maior peso no mix da base).
Já no segmento fixo, o avanço do faturamento refletiu o crescimento da banda larga TIM Live que, cuja receita cresceu 43,4%, para R$ 85 milhões. O Arpu da TIM Live foi de R$ 70,8, 12,5% maior.
Base de clientes
A TIM fechou o primeiro trimestre com uma base de clientes de redes móveis de 57,9 milhões, redução de 6,4% na comparação anual. Houve alta de 20,5% nos planos pós-pagos e queda de 15,3% nos pré-pagos.
Esse movimento se deve aos esforços da operadora para incentivar a migração de clientes pré-pago para pós-pago, principalmente para os planos controle, além da política de limpeza de linhas inativas de pré-pagos.
Em um ano, a participação de mercado da TIM Brasil caiu de 25,5% para 24,6% no segmento de telefonia móvel.
No segmento fixo, a operadora aumentou em 7,2% sua base de clientes de telefonia (totalizando 739 mil usuários) e expandiu em 27,4% a base de banda larga (para 411 mil usuários).
Em abril, a TIM lançou o novo portfólio residencial com inclusão de mais serviços e incrementando no preço. A nova oferta oferece velocidade de ultra banda larga mínima de 100 Mbps atingindo até 2 Gbps, com preços mensais entre R$ 130 e 1,5 mil.
Custos de operação
Os custos de operação da TIM Brasil alcançaram R$ 2,669 bilhões no primeiro trimestre de 2018, o equivalente a uma redução de 0,7% em comparação com o mesmo período de 2017, em linha com a estratégia da companhia de enxugamento.
A operadora reportou diminuição dos gastos com comercialização (-3,6%), rede e interconexão (-3,8%) e custo de mercadorias vendidas (-10,8%).
A TIM explicou que essas linhas foram reduzidas em função de diversos fatores, como eficiências geradas pela digitalização de processos, redução das despesas com Fistel, queda nos custos de interconexão (VU-M) e queda no preço médio de venda de aparelhos.
Na contramão, houve alta nos gastos com pessoal (7,7%), despesas gerais e administrativas (4,6%) e provisão para devedores duvidosos (78,2%).
No caso das provisões, a TIM explicou que o crescimento foi impactado pelo atraso temporário na emissão e entrega de faturas devido à greve dos correios e pelo crescimento contínuo, conforme esperado, na base de clientes de planos pós-pagos. Apesar do crescimento da provisões, eles permaneceram abaixo do patamar de 2% da receita bruta.
Expectativas
A TIM Brasil apresentou lucro, Ebitda e receita em linha com as projeções de analistas do mercado de telecomunicações no primeiro trimestre deste ano.
A operadora reportou lucro líquido de R$ 250 milhões, montante idêntico à média das projeções de cinco instituições consultadas pelo Prévias Broadcast (Bradesco BBI, BTG Pactual, Credit Suisse, Itaú BBA e Safra).
O Ebitda atingiu R$ 1,47 bilhão, enquanto a média das estimativas apontava para R$ 1,44 bilhão. Já a receita totalizou R$ 4,14 bilhões, enquanto o mercado previa R$ 4,12 bilhões.
O crescimento do lucro da TIM foi sustentado pela expansão do faturamento com serviços móveis e serviço fixos, combinados com redução nos custos totais da operação.
O Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.