Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 6,339 bilhões em setembro, informou nesta quinta-feira, 26, o Banco Central, por meio da Nota do Setor Externo à imprensa. O resultado ficou dentro das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 4,722 bilhões a US$ 7,200 bilhões, com mediana de US$ 6,000 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de setembro indicaria entrada de US$ 5,800 bilhões.

No acumulado de 2017 até setembro, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo soma US$ 51,758 bilhões. Já a estimativa do BC para este ano, atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, é de US$ 75,0 bilhões de IDP. Para 2018, a expectativa é de US$ 80,0 bilhões.

No acumulado dos 12 meses até setembro deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 83,397 bilhões, o que representa 4,18% do Produto Interno Bruto (PIB).

Investimento em ações

O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 815 milhões em setembro, informou o Banco Central. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido positivo em US$ 113 milhões.

No acumulado deste ano, o saldo está no azul em US$ 3,063 bilhões. Pelos cálculos do BC, o saldo das operações de investidores estrangeiros no mercado brasileiro de ações será positivo em US$ 3,0 bilhões em 2017.

Já o saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou negativo em US$ 884 milhões em setembro e negativo em US$ 1,504 bilhão no acumulado do ano até o mês passado. Para 2017 e 2018, a estimativa do BC é de saldo neutro nas operações com renda fixa.

Em setembro do ano passado, as aplicações em renda fixa foram negativas em US$ 3,368 bilhões e, no acumulado de janeiro a setembro de 2016, negativas em US$ 18,920 bilhões. O saldo foi negativo em US$ 26,664 bilhões no ano passado.

Taxa de rolagem

O Banco Central informou que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 191% em setembro. Esse patamar significa que houve captação de valor em quantidade mais do que suficiente para rolar os compromissos das empresas no período. O resultado ficou acima do verificado em setembro do ano passado, quando a taxa havia sido de 77%.

De acordo com os números apresentados pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo, antes chamados de “bônus, notes e commercial papers”, ficou em 289% em setembro. Em igual mês de 2016, havia sido de 10%. Já os empréstimos diretos atingiram 132% no mês passado, ante 149% de setembro do ano anterior.

No acumulado de 2017 até setembro, a taxa de rolagem total ficou em 101%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 148% e os empréstimos diretos, de 91% no período. O BC estima taxa de rolagem de 100% para 2017 e 2018.