SÃO PAULO (Reuters) – Os investimentos feitos por empresas em startups no Brasil disparam neste ano, na esteira da digitalização acelerada de negócios como serviços financeiros e comércio eletrônico, diante do isolamento social oriundo da pandemia da Covid-19, mostrou um estudo nesta segunda-feira.

Segundo o levantamento feito pela plataforma de inovação Distrito, só nos primeiros sete meses deste ano, o chamado corporate venture capital movimentou cerca de 622 milhões de dólares em negócios de base tecnológica, por meio de 22 aportes. Isso já é mais do que o triplo do aportado em 2020, de 199 milhões de dólares, em 27 negociações.

O estudo traz uma análise do setor nos últimos 20 anos, com 212 rodadas desse perfil, das quais 162 tiveram os volumes transacionados revelados somando 1,3 bilhão de dólares.

Cerca de 70% dos investimentos mapeados são para negócios em estágios iniciais. Entre as corporações que mais apostaram em veículos startups estão as indústrias financeira, varejista e de tecnologia, com 16, 15 e 14 operações cada, respectivamente.

As fintechs foram líderes em número de operações, com 24, movimentando 249 milhões de dólares. Mas as quatro transações do setor imobiliário levantaram ainda mais, 379 milhões, incluindo aporte como o da Qualcomm no Quinto Andar. Outro destaque foi o setor de varejo, com 206 milhões de dólares em 17 aportes.

“Cada vez mais as grandes empresas têm entendido a aproximação com as startups como um recurso estratégico e fundamental para a sua transformação digital”, afirmou Bruno Pina, diretor de inovação do Distrito.

(Por Aluísio Alves)

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