Investigada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) e pelo Ministério Público (MP) paulista, a prefeita de Ribeirão Preto (SP), Dárcy Vera (PSD), informou nesta sexta-feira, 2, por meio de sua assessoria, “que despacha normalmente em seu gabinete”. O TJ-SP e o MP apuram a suspeita de envolvimento da prefeita no escândalo investigado pela “Operação Savendija”, deflagrada nessa quinta-feira, 1º de setembro, pela Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).

A advogada da prefeita no caso, Maria Cláudia Seixas, confirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que houve um pedido de prisão contra Dárcy no processo “indeferido por absoluta falta de propósito”. Ela não deu detalhes sobre o pedido, mas confirmou ainda que a prefeita deve depor nos próximos dias no MP, informação já revelada na quinta-feira pela Procuradoria.

A operação da PF e do Gaeco apura desvios de R$ 203 milhões dos cofres públicos em esquemas de fraudes a licitações, contratações irregulares de funcionários e pagamento de propinas para políticos votarem com o governo municipal na Câmara. Dos 22 vereadores da cidade, nove tiveram seus mandatos suspensos pela Justiça, foram proibidos de entrar em qualquer prédio público municipal, depuseram na PF e ainda tiveram bens apreendidos ou bloqueados. No entanto, todos são candidatos à reeleição e podem ser novamente conduzidos aos cargos na votação do dia 2 de outubro.

A prefeita informou ainda que já nomeou para a secretaria da Casa Civil o servidor municipal Marcus Berzoti, que acumulará a Secretaria de Governo. Ele substitui Layr Luchesi Júnior, que foi destituído pela Justiça e levado a depor na PF sob condução coercitiva. Já para a Coordenadoria de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto (Coderp), foi indicado Laerte Marques Costa.

Costa substituirá Marco Antonio dos Santos, preso temporariamente na “Operação Savendija” e que acumulava a presidência da Coderp com a do Departamento de Águas e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp). Segundo a PF e o Gaeco, os dois órgãos são fontes de esquemas de licitações irregulares e de pagamentos de propina.

O novo diretor do Daerp ainda não foi escolhido e nem o substituto do ex-secretário de Educação Alfredo Invernizzi, também preso na operação e destituído pela Justiça. “A administração municipal esclarece ainda que está trabalhando para que nenhum serviço público seja prejudicado”, informa a nota.

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Ainda na manhã desta sexta, na sede da PF em Ribeirão Preto, o secretário-interino da Fazenda Elton Cyrillo presta depoimento juntamente com outras servidoras da Pasta no curso das investigações.


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