Advogados de um conselheiro da Casa Branca durante a presidência de Barack Obama disseram esperar que seu cliente enfrente acusações federais nos próximos dias ligados ao lobista preso Paul Manafort – relatou o jornal “The Washington Post”.

Gregory Craig enfrenta acusações federais relacionadas a um trabalho feito em 2012 para o governo da Ucrânia depois de sair da Casa Branca.

Se for acusado, Craig pode ser o primeiro grande nome democrata a cair na rede da investigação do procurador especial Robert Muller sobre a interferência da Rússia na campanha presidencial de 2016.

Ontem, o “Post” e outros jornais disseram que Craig enfrenta acusações em relação ao trabalho legal feito para a Ucrânia em 2012, depois de deixar a Casa Branca para se incorporar ao escritório Skadden, Arps, Slate, Meagher & Flom.

Em abril de 2018, Craig abriu mão de sua posição em meio a uma investigação para saber se a empresa o havia registrado como lobista estrangeiro.

Em um comunicado divulgado ontem, os advogados de Craig disseram que seu trabalho se deu “como um especialista independente no estado de direito, não como defensor para o cliente”. Além disso, ele teria rejeitado os pedidos para fazer lobby na Ucrânia.

“O sr. Craig não é culpado de nenhuma acusação”, disseram.

O governo da Ucrânia relatou ter pago US$ 12 mil a Skadden por seus serviços, mas os procuradores dizem que Manafort usou uma conta offshore para ajudar a empresa a enviar mais de US$ 4 milhões.

Em março, Manafort foi sentenciado a sete anos e meio de prisão por violações na prática de lobby e por delitos financeiros.