WASHINGTON, 7 MAR (ANSA) – O grupo de investidores que, na semana passada, havia anunciado a compra da produtora “The Weinstein Company”, do produtor Harvey Weinstein, acusado de inúmeros casos de abuso sexual, desistiu da transação nesta terça-feira (6).
A decisão foi revelada pela diretora do consórcio, Maria Contreras Sweet, que afirmou “trabalhar honestamente para comprar os ativos” da companhia. No entanto, “depois de assinar e entrar na fase de confirmação das diligências” recebeu informações “decepcionantes sobre a viabilidade” do processo. “Como resultado, decidimos dar fim a esta compra”, acrescentou ela, ressaltando que não descarta eventuais tentativas futuras de criar uma nova empresa.
Contreras, de 62 anos, é conhecida por ter trabalhado no governo de Barack Obama como secretária de Pequenas e Médias Empresas.
Ela anunciou a compra do dos ativos da produtora no último dia 1 de março, dias depois da The Weinstein Company afirmar que iria declarar falência.
O acordo colocaria fim ao sofrimento da empresa de produção cinematográfica, uma das mais poderosas de Hollywood, com uma operação avaliada em cerca de US$500 milhões, incluindo a dívida acumulada pela empresa, equivalente a US$ 225 milhões.
A ideia de Contreras era confiar a liderança da empresa a uma mulher para tentar mudar a imagem negativa após a polêmica envolvendo Weinstein.Também foi planejado criar um fundo para compensar as vítimas dos abusos que, segundo rumores, seria de cerca de US$80 a US$ 90 milhões. Em 2017, uma série de denúncias de abusos sexuais contra atores e diretores de Hollywood foi realizada. Só contra, Weinstein, mais de 70 mulheres, como Angelina Jolie e Uma Thurman, acusaram o produtor norte-americano de comportamento sexual inadequado.
A “The Weinstein Company” foi inaugurada em 2005, e é uma das produtoras mais famosas do cinema dos EUA. (ANSA)