As expectativas em torno da Selic movimentaram o mercado de juros nesta terça-feira, 21, véspera de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), e as taxas fecharam em baixa ao longo de toda a curva a termo. Ao final da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 tinha taxa de 10,485%, de 10,535% no ajuste de segunda-feira.

O DI janeiro de 2019 terminou com taxa abaixo de dois dígitos, em 9,99%, de 10,05% no último ajuste. A taxa do DI janeiro de 2021 recuou de 10,26% para 10,21%.

O recuo das taxas se deu mesmo com o dólar em alta durante o dia, assim como o rendimentos dos Treasuries, tendo prevalecido as perspectivas bastante favoráveis para a queda do juro básico. Para a decisão de quarta, a aposta em torno de um novo corte de 0,75 ponto porcentual seguia na tarde desta terça com precificação em torno de 80%, mas os players consideram que uma redução de 1 ponto não surpreenderia.

“O mercado está em compasso de espera, apostando em um ciclo maior, incorporando uma pequena chance de 1 ponto e nenhuma chance de 0,5 ponto”, disse o estrategista de renda fixa da Coinvalores, Paulo Nepomuceno. Segundo ele, o mercado passou a trabalhar com a possibilidade de um ciclo total entre 4,5 e 4,75 pontos de queda da taxa, que hoje está em 13,00%.

Com as atenções totalmente voltadas ao Copom, o mercado relegou a segundo plano a sabatina de Alexandre Moraes, indicado para ser ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no Senado, mas segundo os analistas, o clima favorável ao risco no exterior ajudou a suavizar a ponta longa. Perto das 16 horas, os contratos de Credit Swap Default (CDS) de 5 anos do Brasil estavam estáveis em 227 pontos-base, de 227,6 pontos na segunda-feira.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias