As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 18, com os investidores analisando que a última rodada de tarifas entre os EUA e a China não foi tão ruim quanto o esperado, com o mercado otimista que o programa de implementação escalonado significa mais tempo para negociações e, quem sabe, possível acordo entre os dois países.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,71%, aos 26.246,96 pontos; o Nasdaq teve ganho de 0,76%, aos 7.956,11 pontos; e o S&P 500 avançou 0,54%, aos 2.904,31 pontos, acumulando ganho em seis das últimas sete sessões.

Ontem à noite, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas de 10% sobre o valor de US$ 200 bilhões em importações chinesas, e essas tarifas aumentarão para 25% no início de 2019. De acordo com comunicado do presidente, as tarifas de 10% terão início a partir do dia 24 de setembro. No dia 1º de janeiro, as tarifas subirão para 25%.

Hoje, no fim da manhã, a China anunciou, em retaliação, tarifas de 5% a 10% sobre uma lista de US$ 60 bilhões em mercadorias americanas, também com início em 24 de setembro.

“Os mercados financeiros se concentraram no potencial de um acordo entre autoridades americanos e chinesas que possa reverter essas tarifas. Não esperamos uma resolução antes das eleições de meio de mandato dos EUA de 6 de novembro”, afirmaram, em nota a clientes, os economistas Alec Phillips e Blake Taylor, do Goldman Sachs.

“Vejo Trump tentando forçar os parceiros comerciais a negociarem acordos comerciais que há muito favorecem outros países nos EUA. Seus métodos não são convencionais, mas a economia dos EUA é forte, os lucros são saudáveis e a confiança entre os consumidores e os investidores dos países continua alta”, escreveu Robert Pavlik, estrategista-chefe de investimentos da SlateStone Wealth.

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Entre os destaques, esteve o setor de tecnologia, que subiu com força em recuperação das perdas de ontem. As ações da Netflix subiram 4,9% e as da Amazon avançaram 1,73%. Por outro lado, os papéis da General Mills recuaram 7,6% depois que a empresa reportou receita menor na América do Norte no último trimestre. (Com informações da Dow Jones Newswires)


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