As inundações provocadas pela tempestade Daniel na Líbia, há cerca de duas semanas, deixaram mais de 3.800 mortos, segundo um novo balanço divulgado pelas autoridades do país neste sábado (23).

A tempestade, que devastou a cidade de Derna, no leste do país, deixou ao menos 3.845 mortos, de acordo com o último balanço provisório, informou Mohamed Eljarh, porta-voz de um comitê que organiza as operações de resgate, formado pelo governo oriental.

O número, entretanto, inclui apenas os corpos que foram sepultados e registrados pelo Ministério da Saúde, disse ele, alertando que o balanço deve aumentar.

Também não foram contabilizados os corpos enterrados por moradores pouco depois da catástrofe.

Autoridades e organizações humanitárias internacionais calculam que ainda há mais de 10.000 desaparecidos.

A tempestade Daniel atingiu, sobretudo, a região de Derna, cidade com 100 mil habitantes às margens do Mar Mediterrâneo.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 43.000 pessoas foram deslocadas diante das inundações.

Devastada por divisões desde a queda de Muammar Gaddafi em 2011, a Líbia é governada por duas administrações rivais: uma em Trípoli (oeste), reconhecida pela ONU e liderada por Abdelhamid Dbeibah, e a outra no leste, encarnada pelo Parlamento e afiliada ao poderoso marechal Khalifa Haftar.

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