As equipes de emergência prosseguiam nesta sexta-feira com os trabalhos de resgate, um dia após as inundações que deixaram pelo menos 60 mortos no Himalaia, na Caxemira indiana.
“Pelo menos 60 pessoas morreram e 80 estão desaparecidas”, declarou à AFP Mohamad Irshad, coordenador dos serviços de emergência.
Torrentes de água e lama, provocadas por chuvas intensas, devastaram na quinta-feira o vilarejo de Chisoti, no distrito de Kishtwar, a quase de 200 km de Srinagar, capital da parte de Caxemira sob administração indiana.
As equipes tentam retirar os escombros e os militares foram mobilizados para ajudar os socorristas.
Chisoti fica na rota de uma peregrinação hindu ao santuário de Machail Mata. Uma grande cozinha improvisada, onde estavam mais de 100 peregrinos no momento da inundação, foi completamente arrasada, informaram as autoridades.
Segundo o diretor do hospital do distrito de Kishtwar, Yudhvir Kotwal, mais de 100 pessoas foram internadas desde a catástrofe.
Esta é a segunda grande catástrofe provocada por inundações fatais na Índia em agosto.
No dia 5, inundações destruíram a cidade himalaia de Dharali, no estado indiano de Uttarakhand, e deixaram mais de 70 mortos.
As inundações e os deslizamentos de terra são frequentes durante a temporada de monções, de junho a setembro, mas especialistas apontam que a mudança climática, somada a um desenvolvimento mal planejado, aumenta sua frequência e gravidade.
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