Neymar terá mais uma vez seu nome falado em uma janela de transferências do futebol europeu. Seu contrato com o Paris Saint-Germain expira em 2022 e uma possível volta ao Barcelona entrou na pauta das eleições presidenciais do clube espanhol – o pleito ocorre no próximo dia 24.

“Contratar um jogador desse calibre não é uma despesa, é o melhor investimento do mundo”, adiantou Jordi Farré, um dos candidatos à presidência do Barcelona, clube que o brasileiro defendeu de 2013 a 2017. “O retorno de Neymar seria pouco caro, porque ele faz com que se vendam camisas, direitos, publicidade, patrocinadores…”. Mesmo que a sua saída ao PSG tenha sido litigiosa, a perspectiva de receita e de gols que sua volta pode trazer faz com que parte da torcida apoie a sua contratação.

Neymar não é apenas um dos jogadores mais talentosos do planeta. É uma máquina econômica que dribla a crise assim como faz com seus marcadores. “Neymar brilha e em muitos lugares mais do que o PSG. Sua marca pessoal é muito forte. Interessa a muita gente e não apenas aos torcedores do futebol”, explica Jérôme Neveu, presidente-fundador da agência francesa Advent, especialista em marketing esportivo.

Com um faturamento estimado em 80 milhões de euros (cerca de R$ 500 milhões) em 2020 pela revista Forbes, o craque é garoto-propaganda das marcas de moda italiana Replay e Diesel, da companhia aérea Qatar Airways, do grupo Red Bull e da operadora francesa de telecomunicações SFR. Seu contrato com a Puma, que lhe rende entre US$ 25 e 30 milhões(R$ 180 milhões), seria o mais lucrativo já assinado entre um jogador e uma marca esportiva.

Seus 143 milhões de seguidores no Instagram, quatro vezes mais do que o próprio PSG, fazem dele a décima personalidade mais seguida na rede social. Apesar de Neymar ter sido fundamental para o crescimento do PSG, há dúvidas sobre o impacto que a esperada chegada do técnico argentino Mauricio Pochettino pode provocar na relação do craque. “É importante ter um superastro, mas existe a possibilidade de mudança”, aponta Jean-Pascal Gayant, professor de economia da Universidade de Le Mans. “Para mim, Neymar é substituível.”

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