MILÃO, 17 DEZ (ANSA) – A Inter de Milão anunciou oficialmente nesta sexta-feira (17) a saída do meio-campista Christian Eriksen, que não recebeu autorização para jogar no futebol italiano em virtude de um desfibrilador implantado no coração.
Vítima de uma parada cardiorrespiratória durante a partida contra a Finlândia pela primeira rodada da fase de grupos da Eurocopa, Eriksen precisou ser ressuscitado ainda no gramado com a ajuda de um desfibrilador.
Após sua estabilização, os médicos do Rigshospitalet, principal hospital de Copenhague, decidiram submetê-lo a uma cirurgia para colocação de um cardioversor e desfibrilador implantável (CDI), dispositivo que monitora os batimentos do coração para detectar possíveis arritmias e aplicar choques caso a frequência cardíaca diminua muito.
No entanto, segundo os protocolos médicos do futebol italiano, o dinamarquês não pode atuar no país com o dispositivo. Eriksen tinha contrato com os nerazzurri até junho de 2024.
“Na Europa se joga com desfibrilador implantado, tem o holandês Blind, por exemplo. Mas na Itália somos mais cuidadosos e severos na concessão de aptidão esportiva”, disse à ANSA o médico italiano Enrico Castellacci, campeão da Copa do Mundo de 2006 com a Azzurra.
Aos 29 anos de idade, o meio-campista foi revelado pelo Odense e teve passagens de sucesso por Tottenham e Ajax. Eriksen chegou em janeiro de 2020 na Internazionale, tendo disputado 60 jogos e marcado oito gols. O jogador também ajudou a equipe a faturar o título do Campeonato Italiano.
Os nerazzurri publicaram em suas redes sociais um vídeo com os melhores momentos de Eriksen no clube italiano. O dinamarquês ainda recebeu centenas de mensagens de apoio.
Fora de ação desde o dia 12 de junho, Eriksen voltou aos treinamentos no Odense. A equipe dinamarquesa e o Ajax estão possivelmente interessados em contratar o meio-campista em janeiro, segundo informações do jornal “Gazzetta dello Sport”.
(ANSA).