A deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD) classificou de tentativa “de se obter lucro com a tragédia” o pedido de indenização feito pelo pai, irmã e tia do pastor Anderson do Carmo. Na ação, os parentes da vítima assassinada em junho de 2019 pedem que a parlamentar seja condenada a pagar R$ 800 mil por danos morais à família.

Em nota ao jornal Extra, Flordelis informa que ainda não foi notificada sobre nenhum ato do processo. “A deputada expressa sua tristeza de que eventos tão graves que ceifaram a vida do Pastor Anderson e avassalaram a sua família, signifique e se traduza apenas em uma indenização pecuniária, conforme orientado ao pai do Pastor, hoje assessorado por oportunistas que visam obter projeção pública e dinheiro, como demonstrado por essa iniciativa” diz a nota.

“Está clara a intenção de se obter lucro com uma tragédia, estipulando um valor monetário sobre a vida do pastor”, conclui o comunicado enviado pela assessoria da parlamentar.

Flordelis é acusada de ser a mandante da morte de Anderson, seu marido. O valor da indenização pedida pela família seria dividido entre três pessoas: R$ 500 mil para Jorge de Souza, pai de Anderson; R$ 200 mil para Claudia Maria Rodrigues Souza, irmã do pastor e R$ 100 mil para Nádia Henrique, tia e madrinha da vítima.

Para o advogado Márcio dos Anjos, não resta dúvidas de que Flordelis arquitetou a morte de Anderson, devendo, portanto, indenizar seus familiares. A deputada e mais nove acusados pela morte do pastor devem enfrentar um júri popular.

No processo, o advogado da família de Anderson também pediu antecipação de tutela para o bloqueio de bens e de valores em contas da parlamentar, além de 30% do salário dela como deputada, para assegurar o pagamento da indenização aos familiares de Anderson.

Conforme o jornal Extra, ainda não houve decisão sobre o pedido de indenização, mas a juíza Daniela Ferro Affonso Rodrigues Alves negou pedido para bloquear bens e valores em conta de Flordelis.