Inteligência emocional e educação: Paloma Silveira Baumgart esclarece como ambas mudam a vida de jovens e crianças

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A infância é o momento da vida em que se cria as primeiras relações sociais. Quando se educa de modo a prezar a empatia e o afeto, a tendência é que a chamada inteligência emocional seja construída de modo gradativo. A Educadora Parental Paloma Silveira Baumgart explica que o desenvolvimento emocional direciona a pessoa pelo resto de sua vida, inclusive, afetando diretamente em suas escolhas.

“É uma etapa primordial, que começa ainda nos primeiros anos de vida. A partir dos 2 anos e meio, por exemplo, já é possível ajudar a construir uma inteligência emocional nas crianças. Essa é uma atitude que tem influência por toda a vida desse indivíduo. Para que se tenha isso, é preciso construir bons vínculos familiares e viver em um ambiente saudável, com afeto, cuidado, empatia e respeito”.

Paloma, ainda pondera que esse tipo de direcionamento molda a criança para enfrentamentos na adolescência e fase adulta, melhorando sua interação com os semelhantes.

“É por meio deste apoio emocional que se cria um ser humano com mais empatia, mais sociável e com uma maior capacidade de se adaptar às mudanças que ocorrem de maneira externa e também de forma interna e contribui para sua inteligência emocional. Quando se é feito um bom trabalho durante a primeira infância, ao chegar na adolescência, o jovem se sente mais seguro e pertencente ao meio, fazendo com que minimizem as chances de depressão e insatisfação com a vida, muito comum durante esse período”, conta.

Unindo à educação, Paloma adianta que é possível desenvolver competências como a resiliência e a autonomia: “A inteligência emocional é uma habilidade relevante para a vida adulta, ajudando tanto no âmbito profissional como no de relacionamentos interpessoais. Ela ajuda a criar habilidades e facilitar o desenvolvimento da capacidade de escutar o próximo e lidar com diferenças e frustrações. Como consequência, a educação emocional trará benefícios e vantagens também durante o ensino. Na fase escolar, as crianças com um amadurecimento emocional apresentam maior concentração, foco e desenvolvimento de outras habilidades cognitivas”.

A importância se dá, pela possibilidade de sucesso nos aspectos profissionais e pessoais, porém a educadora explica que a base deve ser feita em casa. “É de responsabilidade da família passar os valores e crenças às crianças, mas com certeza as escolas também têm suas responsabilidades. Mas a educação vem de casa, e por isso é tão importante a presença efetiva dos pais na vida dessas crianças e adolescentes. Para educarmos, precisamos de resiliência, paciência, consistência e empatia. Não é uma tarefa fácil, mas os frutos colhidos no futuro são recompensadores”, finaliza.