O intelectual uigur detido Ilham Tohti e a Iniciativa de Jovens para os Direitos Humanos, que trabalha pela reconciliação nos Bálcãs, venceram o prêmio de Direitos Humanos Vaclav Havel 2019, anunciou nesta segunda-feira o Conselho da Europa.

Ilham Tohti, condenado em 2014 pela justiça chinesa à prisão perpétua por separatismo, é membro da etnia muçulmana uigur, majoritária em Xinjiang, uma grande região do noroeste da China.

A decisão em agosto de incluir seu nome na lista de finalistas para o prêmio irritou Pequim, que acusou o Conselho da Europea, uma organização de defesa dos direitos humanos, de “apoiar o terrorismo”.

A Iniciativa de Jovens para os Direitos Humanos, criada em 2003, “promove a reconciliação estabelecendo vínculos entre jovens dos Bálcãs de diversos grupos étnicos, regiões e países para evitar o ressurgimento do conflito étnico”, indicou o Conselho.

O prêmio Vaclav Havel, criado em 2013 e dotado com 60.000 euros, recompensa as ações excepcionais da sociedade civil em defesa dos direitos humanos.

Em 2018, o vencedor foi Oiub Titiev, diretor na Chechênia da ONG russa Memorial, que em junho recebeu a liberdade provisória, depois de passar 18 meses preso.