A prisão de um integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) no dia 5 de maio em Cachoeirinha, bairro da zona norte da capital paulista, revelou um plano de atentado contra Guilherme Derrite (PL-SP), Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
O ataque seria executado por Marcelo Adelino de Moura, de 47 anos, conhecido como “China”. As informações foram divulgadas pelo “Metrópoles” nesta segunda-feira, 2, e confirmadas pelo site IstoÉ.
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De acordo com a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), o homem foi detido por policiais militares que integram o COE (Comando de Operações Especiais). Durante a ação, as autoridades apreenderam dois fuzis, duas mil munições de grosso calibre, pacotes de cocaína e R$ 100 mil em espécie.
O investigado já tinha passagens por roubo a bancos e seria responsável por guardar armas e drogas. “Após a prisão, identificou-se que o indivíduo fazia parte de um grupo que planejava um ataque contra o secretário da Segurança Pública (Guilherme Derrite)”, afirmou a SSP-SP.
Guilherme Derrite foi reeleito deputado federal pelo PL em 2022 e está licenciado para atuar como secretário da SSP-SP desde que foi escolhido para a função pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O político foi policial militar e atuou como tenente da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar).
Durante o período em que Derrite esteve no cargo, as autoridades paulistas conduziram a Operação Verão, na Baixada Santista. A ação durou 105 dias e culminou em 1.025 prisões e 56 mortes. De acordo com a revista “Piauí”, o secretário já foi investigado por 16 homicídios ocorridos durante operações policiais das quais participou.