Integrante do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), Pablo Hernández de Cos voltou a defender, nesta terça-feira, 31, uma postura “gradual” no processo de aperto da política monetária, em discurso durante evento em Barcelona. Os comentários são semelhantes ao conteúdo de um artigo que o dirigente publicou na semana passada no jornal Expansión.

De Cos, que é presidente do Banco da Espanha, expressou apoio ao plano de encerrar as compras de ativos no começo de julho e aumentar as taxas básicas logo em seguida, no mesmo mês. Para ele, o período de juros negativos na zona do euro deve ser encerrado no final do terceiro trimestre.

O dirigente reiterou que os juros podem subir até a chamada “taxa natural”, que ele estima estar em cerca de 1%. “Isso sugeriria que, até que esses forem atingidos, a orientação da política monetária continuará expansionista, pelo menos numa perspectiva de longo prazo”, explicou.

De Cos ainda não enxerga sinais de materialização dos efeitos secundários da inflação, como espiral positiva dos salários. “No entanto, se as pressões inflacionárias persistirem, elas são mais propensas a alimentar as negociações salariais e margens de lucro e, portanto, desencadear efeitos de secundários e indiretos sobre a inflação”, advertiu.


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