Inspiração: 4 Profissionais Que Mudaram de Carreira e Alcançaram O Sucesso

O que fazer quando a vontade ou necessidade de mudar chega na vida de alguém?

Há quem se intimide, se sinta perdido ou acabe se auto-sabotando, fazendo a pior escolha possível para o momento.

Algumas pessoas, no entanto, enxergam nas mudanças algo totalmente positivo, fazem limonadas com os limões que a vida dá, se arremessam sem medo nos vôos livres que o dia a dia lhes permite e constroem histórias que iluminam quem ainda não começou sua jornada em busca do sonho.

Abaixo, você vai conhecer 4 profissionais que mudaram o rumo de suas carreiras e que, com isso, conseguiram guiar o próprio destino para o sucesso e a satisfação pessoal.

 

Mariana (Nana Acessórios) – Advogada ou Artesã? Ela escolheu a segunda opção e hoje é dona da maior marca do seu segmento 

Foto: Mariana Noqueira / Arquivo Pessoal 
Foto: Mariana Noqueira / Arquivo Pessoal 

 

Mariana Nogueira, também conhecida como Nana, saiu da pequena Aiuruoca – MG com a intenção de se tornar uma advogada de sucesso.

 

Seu destino, no entanto, não era atuar entre os processos.

 

Durante a faculdade, Mari já fazia bijuterias artesanais para vender para as amigas. 

 

As peças super exclusivas foram chamando atenção de cada vez mais pessoas, até que, em 2012, a empreendedora decidiu abrir seu primeiro negócio: A Nana Acessórios, que acabou se tornando a maior marca de bijuterias artesanais em aço do Brasil.

 

No começo, as vendas eram feitas através do boca-a-boca e pelas redes sociais, até que, em 2017, Mariana decidiu dar mais um passo: abrir sua loja virtual.

 

Os resultados crescentes motivaram a empreendedora até a chegada da pandemia, quando as vendas caíram drasticamente.

 

Diante do cenário assustador, Mariana se viu pressionada a tomar uma decisão: parar ou acelerar de vez. Sua escolha foi partir para cima e redobrar seu empenho e dedicação ao negócio.

 

O resultado?

 

As vendas mensais aumentaram em 20x! 

 

O sucesso estava consolidado e ver sua chegada foi tão entusiasmante que Mariana decidiu que empreenderia novamente, abrindo sua segunda loja em 2020.

 

Agora, além da Nana Acessórios, que tem crescido e aumentado seus resultados mês a mês, Mariana também é dona da loja Salvee, que fornece as matérias-primas para quem deseja, assim como ela, se tornar dona de um negócio de vendas de bijuterias.

 

Entusiasmada, Mariana conta, que “desde o primeiro dia de existência, a Salvee deu lucro. Não houve um mês que as contas fechassem no vermelho”.

 

Se deu certo para ela, também pode funcionar para outras empreendedoras, e ela tem feito verdadeiros esforços para que isso aconteça.

 

Além de comercializar os materiais para que as pessoas possam desenvolver suas próprias marcas, Nana lançou, em 7 de março deste ano, o curso “A Patroa Chegou”, em que transmite todo o conhecimento adquirido ao longo de mais de uma década de empreendedorismo para quem quer começar um negócio de forma mais segura e preparada do que ela, quando começou a dar os primeiros passos nessa jornada desafiadora até o sucesso. 

 

Além disso, já deu início ao desenvolvimento de uma nova marca de acessórios masculinos, a Kaloon, que promete fazer tanto sucesso quanto todos os outros negócios que tem administrado.

 

Aos 30 anos, a empreendedora tem certeza de que fez a escolha certa quando apostou na sua veia artística como artesã e em seus talentos comerciais como vendedora: “Eu me encontrei no empreendedorismo. Não existe um dia que eu levante da minha cama e pense ‘Ai meu Deus, preciso ir para o trabalho’. Trabalho de segunda a segunda e amo o que eu faço”.

 

Mauricio Souza – Da Música para o Direito – Advogado descobriu sua missão ajudando as pessoas a alcançarem a justiça

Foto: Maurício Souza / Arquivo Pessoal
Foto: Maurício Souza / Arquivo Pessoal

 

Se a história de Mariana fala de alguém que conheceu o Direito de perto e escolheu seguir outro caminho como profissão, é justo citar que também há quem tenha feito o caminho reverso e tenha se encontrado na busca pela justiça através da advocacia.

 

Maurício Souza tocava violão e guitarra pelos bares e festivais do interior de São Paulo e até chegou a empreender no setor de mobiliário. Sua paixão, no entanto, não estava naquelas rotinas. Foi diante dos códigos e nas audiências  que sua missão se revelou.

 

Quando conheceu o Direito, logo percebeu que havia encontrado seu destino. Estudou dedicadamente até se tornar advogado pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo.

 

Em 2008, começou a advogar em Campinas e abriu as portas do Escritório de Advocacia Maurício Souza Advogados, atendendo nas áreas Trabalhista, Previdenciária, Securitária e do Consumidor, e lá para cá, atendeu centenas de pessoas por todo o Brasil.

 

Quando perguntado se há algo de ruim na profissão, cita a dificuldade em lidar com as injustiças e a morosidade dos processos judiciais, mas não se arrepende de ter trocado a carreira musical pelo Vade Mecum.

 

“Me sinto realizado profissionalmente, gosto muito do que faço e tenho muitos planos para o futuro, pois acredito que ainda há a se fazer no setor jurídico e diversos novos nichos a serem explorados, como por exemplo no ramo do direito securitário ao qual venho me especializando”.

 

Satisfeito, Souza diz: “Minha maior realização é ter conquistado a confiança dos nossos clientes e uma estabilidade profissional que nos permite uma dedicação maior ainda à profissão”. 

Fernando Ishi – Do sonho de jogar futebol à cadeira de CEO de 3 empresas internacionais 

Foto: Fernando Ishi / Arquivo Pessoal
Foto: Fernando Ishi / Arquivo Pessoal

 

Inquieto, como a maioria dos grandes empreendedores, Fernando Ishi é o que se pode chamar de cidadão do mundo.

 

O curitibano, que foi para a Europa aos 17 anos em busca do sonho de jogar futsal profissionalmente, não é o tipo de pessoa que deixa uma oportunidade passar despercebida.

 

Jovem, já sabia que era preciso encarar os desafios de frente para conquistar suas realizações.

 

Com o passaporte na mão e um sonho na mala, Fernando apostou, perdeu e descobriu que isso não era um problema. Resiliente, a primeira frustração foi só uma confirmação interna de que não era preciso ter medo de errar. Havia muito mais pela frente.

 

Depois de acumular experiências trabalhando em grandes empresas nacionais como a Ambev, ter passado um tempo na Europa e até trabalhado nos Estados Unidos, decidiu apostar tudo na sua veia empreendedora.

 

Deu início a uma agência de marketing digital e pôde experimentar a rotina de um empreendedor brasilieiro. 

 

A experiência foi positiva e trouxe muitos aprendizados, mas Ishi ainda queria conhecer outros lugares e aprender com outras culturas.

 

Fez as malas e foi para a China. Na volta, trouxe o que foi buscar: mais conhecimento, novas habilidades e muita disposição para continuar sua jornada empreendedora. 

 

Nasciam a Intern Brazil e a American Project, duas empresas de mobilidade internacional, na área de intercâmbios profissionais e de imigração, respectivamente.

 

Fernando teve o insight da Intern Brazil, enquanto trabalhava na China. Um dia, ao conversar com seu amigo Martin, que estudava em Harvard, decidiu buscar no Google por “Intern Brazil” (leia-se estagiar no Brasil). 

 

Seria possível proporcionar a mesma experiência que teve na China para estrangeiros no Brasil? Dessa ideia, nasceu uma empresa que hoje é referência na área de mobilidade internacional e tem impactado empresas de todos os tamanhos.

 

Antes de colocar tudo em prática, ainda arriscou-se no programa de trainee da Natura, um dos maiores do Brasil, onde aprendeu muito sobre liderança, compras e supply chain.

 

Entre 2016 e 2018, Fernando alocou todas as suas energias para dar tração aos seus negócios e, em 2019, decidiu colocar suas habilidades como negociador e consultor para  jogo.

 

O sucesso foi tanto que, em 2021, Ishi estava pronto para anunciar ao mundo a Protagnst, uma empresa de terceirização e consultoria comercial, focada em tracionar os resultados de quem está criando, desenvolvendo ou está com seu negócio estagnado.

 

De 2020 para cá, o número de colaboradores da equipe do grupo Internet foi multiplicado por 10, além de ter atingido clientes na Finlândia, Estados Unidos, Nova Zelândia, Portugal, Colômbia, e claro, no Brasil.

 

O plano é continuar gerando oportunidades, tanto no Brasil quanto em diversos países da América Latina, mas isso é assunto para uma próxima matéria.

 

Aos 32 anos, Fernando Ishi tem a certeza que suas habilidades de inovação, negociação e consultoria, podem criar resultados sem fronteiras, tanto para si quanto para os milhares de empreendedores que precisam de apoio para fazer suas operações decolarem.

Paulo Mariano – Ele foi professor de inglês. Hoje, ensina centenas de pessoas a administrarem projetos ao redor do mundo.

 

Sorocabano, de 30 anos, Paulo Mariano foi professor de inglês antes de se formar como Engenheiro de Produção, área em que atuou por mais de 7 anos, no mercado tradicional.

 

Foi durante esse período,enquanto gerenciava processos e desenvolvia estratégias de solução para outras empresas, que percebeu que suas habilidades, somadas à experiência já adquirida, poderiam torná-lo um grande empreendedor.

 

Em 2020, criou a Go Prático, uma empresa focada em proporcionar ensinamentos sobre gestão de projetos e análise de dados para negócios que estão no mundo online, inclusive prestando suporte e consultoria para empreendedores estrangeiros, que querem expandir suas operações para o Brasil.

 

O objetivo, segundo Mariano, “é construir uma base de informações sólidas para cada um de seus clientes”, além de auxiliar empresas estrangeiras a conquistarem mercado aqui no Brasil.

 

“A estratégia no ambiente digital é algo que não funciona como uma receita de bolo. Cada empresa possui um plano diferente, e nós temos nos destacado em simplificar esses processos para que as empresas possam ter mais resultados de forma prática (por isso, o Go Prático)”.

 

Além da consultoria, a Go Prático também presta serviços de gestão de mídia paga para e-commerces, ajudando os empreendedores que não possuem experiência em marketing digital a darem os primeiros passos, permitindo assim que haja mais tempo para que eles possam cuidar da parte administrativa e operacional do negócio.

 

A dinâmica vai na contramão do mercado e prepara o cliente para que ele possa assumir sua operação de forma independente, caso faça sentido para sua estratégia. “A ideia não é apenas executar, mas sim ensinar – essa é a missão da empresa” – afirma Paulo.

 

Celeiro de Grandes Empreendedores

Segundo dados divulgados pelo SEBRAE, em fevereiro deste ano, o Brasil é o 5º país na lista dos mais empreendedores.

A maioria dá asas ao sonho quando tem entre 18 e 30 anos, e começa sem investimento de terceiros, sem crédito nos bancos e sem apoio de organizações governamentais.

Em grande parte dos casos, o empreendedor só pensa em abrir CNPJ quando já tem mais de um ano de atuação, inclusive por medo de arcar com as taxas e impostos estipulados pelo Governo – “um paradigma que precisa ser quebrado, visto que o MEI possibilita que os empreendedores tenham muitos benefícios sob um custo quase irrisório”- segundo informações do site da Contabilidade Olímpia

Empreender no Brasil é desafiador e exige coragem, resiliência e muito otimismo.

Mariana, Maurício, Fernando e Paulo são alguns dos heróis que venceram as dificuldades de todas as variações econômicas enfrentadas no país, atravessaram uma pandemia global e continuam avançando entusiasmados na direção de construir um futuro melhor para eles, para as pessoas próximas a eles e para o Brasil todo, que depende de pessoas empreendedoras e resilientes para fazer  a economia do país continuar funcionando e para inspirar quem sonha, mas ainda não teve coragem de colocar o sonho em prática.