A insônia afeta cerca de 73 milhões de brasileiros, segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), e se tornou ainda mais comum durante a pandemia. Esse problema vai além da dificuldade de dormir e permanecer no sono, é um distúrbio que pode desencadear em uma série de consequências à saúde, portanto, requer atenção e cuidados especiais.

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Para algumas pessoas, a insônia não é corriqueira e, normalmente, está associada às questões pontuais, como após uma situação de estresse. Para outras, pode durar meses ou anos seguidos. Os sintomas desse distúrbio incluem dificuldade para cochilar, permanecer acordado por muito tempo à noite e despertar várias vezes durante o sono. As informações são do jornal “The Sun”.

Dormir bem é um dos principais pilares da saúde, quando isso não acontece, os resultados são: fadiga, dificuldade para se concentrar e irritabilidade devido à falta de sono. Além disso, existem outras consequências da insônia ainda mais alarmantes, como aumento do risco de morte, doença cardiovascular, depressão, obesidade, dislipidemia, hipertensão, fadiga e ansiedade, de acordo com uma publicação do “Portal Drauzio Varella”.

Causas da insônia

Estresse, ansiedade, sobrecarga de tarefas, uso de certos medicamentos, alcoolismo, vícios e estilo de vida são os principais motivos desse problema. Fatores externos, como uma cama desconfortável, quarto barulhento e uso de aparelhos eletrônicos também podem ser uma causa.

Insônia familiar fatal

Além da insônia comum, existe a insônia familiar fatal, uma doença hereditária rara e sem cura, que afeta parte do cérebro responsável por controlar o sono. Apesar de rara, tende a começar na meia-idade com sintomas, como insônia progressiva, perda de peso, falta de apetite, temperatura corporal alta ou muito baixa e demência progressiva.

As consequências incluem alucinações e espasmos musculares, perda dos movimentos e da fala. A incapacidade total de dormir é comum no final da doença e costuma levar à morte cerca 12 a 18 meses após os primeiros sintomas.

Como tratar

O Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra indica as seguintes estratégias para tratar a insônia comum e auxiliar na qualidade do sono:

– Ter uma rotina definida com horários regulares para dormir e acordar;

– Realizar alguma tarefa que auxilie no relaxamento antes de se deitar, como tomar um banho quente, meditar ou ouvir alguma música;

– Manter o ambiente escuro e quieto (vale apostar em máscara para os olhos e protetores de ouvido);

– Evitar cafeína, nicotina, álcool, refeições pesadas e exercícios horas antes de ir para a cama;

– Não assistir televisão e/ou usar telefones, tablets ou computadores antes de se deitar;

– Evitar cochilar durante o dia;

– Antes de ir para a cama, escrever uma lista de preocupações e quaisquer ideias sobre como resolvê-las, de modo a tranquilizar e não ter os pensamentos tomados durante o sono.

Mesmo em caso de persistência dos sintomas, é recomendado evitar o uso de medicamento de venda livre que promete melhorar a qualidade do sono. Essa alternativa pode causar efeitos colaterais ​​e é incapaz de resolver o problema, apenas amenizá-lo durante o consumo.

Procurar por um médico pode ser a solução da insônia. Somente o especialista poderá auxiliar individualmente e, se necessário, recomendar um tratamento adequado com base nas necessidades da paciente.