WASHINGTON, 3 AGO (ANSA) – O governador de Nova York, Andrew Cuomo, assediou sexualmente várias mulheres e violou leis federais e estaduais, revelou a procuradora-geral do estado, Letitia James, nesta terça-feira (3).   

A denúncia foi resultado de uma investigação que começou em março passado, após duas ex-assessoras acusarem o governador democrata de assediá-las no local de trabalho, e contou com depoimentos de 179 pessoas, incluindo Cuomo.   

De acordo com James, o democrata também se vingou de uma funcionária que tentou denunciar a situação. “Esta investigação revelou condutas que corroem a própria essência e caráter do nosso governo”, explicou.   

Durante coletiva, a promotora explicou que entre as mulheres assediadas estão uma atual e uma ex-funcionária do Estado. Além disso, ela acusou Cuomo de criar um ambiente de trabalho em seus escritórios hostil e repleto de medo e intimidação.   

A imprensa americana revelou, inclusive, que uma mulher chegou a formalizar uma reclamação contra Cuomo e sofreu retaliação do governador e da equipe. Segundo outros relatos, ele teria também apalpado, beijado e até forçado subalternas a sentar em seu colo.   

“A investigação descobriu que o governador Andrew Cuomo assediou sexualmente atuais e ex-funcionárias do estado de Nova York, envolvendo-se em toques indesejados e não consensuais e fazendo vários comentários ofensivos”, afirmou James.   

Em pronunciamento ao vivo na TV americana, Cuomo, visivelmente abalado e quase chorando, se defendeu das acusações. “Nunca toquei em ninguém de forma inadequada”, enfatizou ele, que foi interrogado por investigadores por mais de 11 horas no mês passado. (ANSA)