SÃO PAULO, 13 ABR (ANSA) – Diante da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), que fez o governador de São Paulo anunciar medidas de isolamento social, além do fechamento de comércios, empreendedores estão tentando encontrar soluções para a sobrevivência do negócio. E foi principalmente o desespero de pequenos comerciantes que motivou a ex-jornalista da ANSA Brasil Beatriz Farrugia e seu marido, Marco Sposaro, que é programador, a criarem o portal “Ajude um Empreendedor”, no qual pequenas empresas e autônomos podem divulgar seus serviços e produtos gratuitamente. Em entrevista à ANSA, Beatriz explicou que a ideia de criar uma espécie de área de classificados virtual surgiu depois que seu pai, Icaro Foina, que tem uma confecção em São Caetano do Sul, ficou muito mal após saber que “várias lojas para as quais ele vende tinham suspendido os pedidos”, sem uma nova data. “Eu tenho muitos amigos, familiares que são empreendedores. Um deles é o meu próprio pai. Eu estava vendo a angústia deles com todo o fechamento das lojas e estava bem preocupada”, contou. Com isso, Beatriz percebeu que todo mundo estava vendendo suas mercadorias e estoques no Facebook e no Instagram, o que fica limitado a uma quantidade de pessoas. E resolveu criar uma “vitrine maior, que iria além da própria rede de contatos de cada empreendedor”. No site é possível consultar os contatos e informações de cada fornecedor, o que possibilita ao cliente uma negociação direta com o prestador de serviço. Segundo a ex-jornalista da ANSA Brasil, “o portal reúne no mesmo lugar todo mundo que é pequeno empreendedor e tem estoque parado por causa da pandemia e as pessoas que querem comprar e dar preferência aos pequenos”.   

“É uma ideia de unir forças. O site ser um movimento, um lugar de compradores de bom coração que querem ajudar outros empreendedores”, ressaltou.   

Nas primeiras horas, o site “Ajude um empreendedor” registrou mais de mil acessos e, hoje, já recebeu mais de 100 pedidos de todo o Brasil. Entre os anunciantes há fabricantes de roupas e calçados, produtores de marmitas, restaurantes, professores, entre outros. “Eu sei que é um momento difícil para todo mundo, cheio de incertezas na economia. Mas, se cada pessoa que tem um salário fixo, o mínimo de certeza de que não será demitida, e puder dar preferência para algum empreendedor ou produtor local, tenho certeza que uma, duas ou três aquisições podem fazer a diferença na vida de um empreendedor que tem precisão zero de venda para os próximos meses”, finalizou Beatriz. (ANSA)


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