Com apenas um celular com acesso à internet, realidades quase sempre difíceis estão sendo transformadas nas periferias do Brasil. Os produtores de conteúdo das favelas depositam suas esperanças nas redes sociais para saírem da posição de marginalizados e ascenderem economicamente. Suas produções demarcam seus territórios, com a exposição da forma como se vestem, vivem, falam e pensam.
Isso foi o que aconteceu com Rodrigo Alemão, que se tornou influenciador ao ganhar a internet, mostrando brincadeiras e manobras com moto, e chegando a marca de mais de 270 mil seguidores.
“Eu não tinha nada financeiramente. Fui criado na periferia de São Paulo e apenas assistia a outros influenciadores pensando que um dia eu poderia conseguir”, conta.
Se antes ser jogador de futebol era o meio mais rápido de uma pessoa pobre chegar ao sucesso, essa alternativa foi substituída pelos digitais influencers. “Ser influenciador digital tornou-se mais uma forma dos meninos e meninas das comunidades. Antes tínhamos o sonho de ser jogador, e achávamos que só assim poderíamos ser alguém”, pondera Rodrigo.
O influenciador destaca que o desejo de ajudar o próximo o acompanha desde muito pequeno, embora não tivesse condições de realizá-lo até recentemente. “Hoje consigo ajudar minha família e comprar coisas que jamais poderia pensar em ter na minha infância”, comemora Rodrigo Alemão.