SÃO PAULO, 11 JAN (ANSA) – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2021 em 10,06%, maior alta em seis anos, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Brasil não tinha uma inflação anual tão alta desde 2015, com 10,67%. A meta do Banco Central para 2021 era de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima (5,25%) ou para baixo (2,25%).
Já o mercado esperava inflação de 9,99%, ainda na casa de um dígito, segundo o último Boletim Focus divulgado pelo BC. A alta do IPCA em dezembro foi de 0,73%, leve recuo em relação ao índice de 0,95% registrado em novembro.
Puxado pela alta dos combustíveis (+49,02%), o grupo Transportes liderou a inflação em 2021, com crescimento de 21,03% no ano, seguido por Habitação (13,05%) – graças principalmente aos aumentos de 21,21% e 36,99% nos preços da energia elétrica e do gás de botijão, respectivamente.
“A gasolina, subitem de maior peso no IPCA, subiu 47,49%, e o etanol, 62,23%. Apenas nos meses de abril e dezembro houve queda nos preços dos combustíveis”, diz o IBGE.
As menores altas foram registradas nos grupos de Comunicação (1,38%), Educação (2,81%) e Saúde e Cuidados Pessoais (3,70%).
Entre as capitais, Curitiba (PR) registrou a maior inflação em 2021, com 12,73%, seguida por Vitória (ES), com 11,50%, e Rio Branco (AC), com 11,43%.
Os menores índices são os de Belém (PA), com 8,10%, Rio de Janeiro (RJ), com 8,58%, e Brasília (DF), com 9,34%. São Paulo, cidade mais populosa do país, teve alta de 9,59% no IPCA.
(ANSA).