Inflação do Japão se mantém acima da meta do BC, pressões de preços se ampliam

Inflação do Japão se mantém acima da meta do BC, pressões de preços se ampliam

Por Tetsushi Kajimoto e Leika Kihara

TÓQUIO (Reuters) – O núcleo da inflação ao consumidor do Japão acelerou em julho para seu nível mais forte em sete anos e meio, impulsionado pelos preços dos combustíveis e das matérias-primas e piorando o custo de vida das famílias, que ainda não viram ganhos salariais significativos.

Em um sinal de aumento da pressão de preços, o chamado “núcleo do núcleo”, que elimina não apenas o impacto da volatilidade dos alimentos frescos mas também os preços da energia, também aumentou em julho no ritmo anual mais rápido em mais de seis anos.

Embora a inflação tenha superado sua meta de 2% por quatro meses consecutivos, o Banco do Japão provavelmente continuará sendo uma exceção e deve manter as condições monetárias ultra frouxas com aumentos de preços ainda modestos em comparação com outras grandes economias.

“Os preços dos alimentos e um iene fraco foram os principais responsáveis pela aceleração da inflação”, disse Yoshimasa Maruyama, economista-chefe de mercado da SMBC Nikko Securities, acrescentando esperar que o núcleo da inflação ao consumidor chegue a 3% este ano.

O núcleo do índice de preços ao consumidor, que exclui os preços dos alimentos frescos, subiu 2,4% em julho em relação ao ano anterior, em linha com a expectativa do mercado, mostraram dados do governo nesta sexta-feira.

Em junho o índice havia avançado 2,2%, e a leitura de julho e marcou o ritmo mais rápido desde dezembro de 2014, excluindo os efeitos do aumento do imposto sobre vendas.

O “núcleo do núcleo”, que elimina tanto o efeito dos alimentos frescos quanto da energia, subiu 1,2% em julho em relação a um ano atrás, taxa mais forte desde dezembro de 2015.

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