A inflação desacelerou em janeiro na China, segundo os números oficiais divulgados nesta quarta-feira, ao mesmo tempo que o governo prometeu manter os preços sob controle.
O índice de preços ao produtor (IPP), que mede o custo de bens ao sair da fábrica, subiu a 9,1% em ritmo anual em janeiro, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE), após as quedas nos preços do carvão e aço.
O índice é inferior ao 9,5% previsto por economistas consultados pela agência Bloomberg e é o terceiro mês consecutivo de queda do IPP, que em dezembro alcançou 10,3%.
As políticas para assegurar o abastecimento e a estabilidade de preços foram “promovidas vigorosamente” para aliviar a pressão dos preços crescentes do petróleo e dos produtos básicos no mercado internacional, afirmou em um comunicado Dong Lijuan, diretor do ONE.
O IPP subiu quatro meses seguidos no ano passado.
Ao mesmo tempo, o índice de preços ao consumidor (IPC), que mede a inflação no comércio varejista, subiu 0,9% em ritmo anual em janeiro.
O resultado também ficou abaixo das projeções dos analistas e inferior ao resultado de 1,5% de dezembro.
Dong observou que os preços ao consumidor permaneceram estáveis antes do feriado do Ano Novo Lunar.
O primeiro-ministro chinês Li Keqiang fez um alerta sobre a inflação em uma reunião do Conselho de Estado na segunda-feira.
“Temos a confiança e a capacidade de enfrentar a inflação, mas devemos estar atentos”, disse.
Na reunião, o governo anunciou medidas para garantir a segurança alimentar e energética, incluindo um abastecimento maior de carvão e o apoio para que as centrais elétricas a carvão funcionem a plena capacidade.