A inflação no Brasil desacelerou em junho, com 0,21% no índice mensal e 4,23% no interanual, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira(10).

Em maio, os preços subiram 0,46% e a inflação em 12 meses foi de 3,93%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

“O grupo de produtos e serviços que teve o principal impacto foi alimentação e bebidas”, com alta de 0,44% em junho, frente a 0,62% em maio, informou o IBGE.

Produtos como cenoura (-9,47%), cebola (-7,49%) e frutas (-2,62%) caíram de preço devido à maior oferta, enquanto outros como batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%) e arroz (2,25%) ficaram mais caros.

Outros setores que registraram aumentos foram de saúde e cuidados pessoais (0,54%) e habitação (0,25%).

A inflação está dentro da margem de tolerância oficial (+/- 1,5 ponto percentual) acima da meta de 3% do Banco Central.

Para 2024, o governo do presidente Lula espera uma inflação de 3,7%, segundo a última projeção divulgada em maio. Já o mercado estima em 4,02%, segundo uma pesquisa Focus e do Banco Central do Brasil (BCB) divulgada esta semana.

O BCB manteve a taxa Selic em 10,5% em junho, interrompendo um ciclo de sete reduções consecutivas desde agosto de 2023.

A decisão, esperada pelo mercado, foi uma má notícia para Lula, que desde que chegou ao poder em 2023 pressiona por uma rápida queda dos juros para impulsionar o crescimento.

As taxas elevadas encarecem o crédito e desencorajam o consumo e os investimentos, contribuindo para moderar a pressão sobre os preços e conter a inflação.

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