O Índice Geral de Serviços (IGS) ficou com taxa zero no fechamento de março, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Em fevereiro, o IGS havia caído 0,36%. No primeiro trimestre, o indicador encerrou com deflação de 0,24%. O resultado mensal ficou igual ao apurado no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo. No trimestre, contudo, o IPC-Fipe teve alta de 0,05%. Em 12 meses até março, o IGS acumulou 3,83%, ficando maior que a alta de 1,93% do IPC.

De acordo com o coordenador do IGS e do IPC, André Chagas, os dois índices reforçam o cenário de alívio inflacionário. Especificamente em relação ao IGS, ele destaca que a queda de 1,38% registrada no grupo Despesas Pessoais em março limitou os efeitos de alta dos demais conjuntos de preços. O economista citou as variações positivas em Saúde (0,69%), Alimentação fora de casa (0,19%) e em Transportes (0,10%). “O recuo em Despesas ajudou a compensar essas altas”, diz.

Os principais responsáveis pelo declínio em Despesas Pessoais, diz, foram apurados em viagem/excursão, com retração de 6,78%, e em passagem aérea, com recuo de 3,63%. A despeito da sazonalidade contrária a quedas nos preços em razão do feriado de Páscoa, Chagas ressalta que a demanda ainda está contida devido ao desemprego elevado.


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