A inflação no Brasil continuou diminuindo e se estabeleceu em 4,68% no período de 12 meses até novembro, o que está alinhado com a meta das autoridades financeiras, segundo dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os preços ao consumidor subiram 0,28% em novembro, indicou o IBGE. Esse resultado ficou abaixo da média das projeções de 39 instituições financeiras e consultorias entrevistadas pelo jornal econômico Valor.

Também representou uma queda em relação à marca de novembro de 2022, de 0,41%.

Em outubro, a inflação de doze meses havia sido de 4,82%, após uma alta mensal do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 0,24%.

A variação de preços em novembro responde principalmente ao impacto dos aumentos em alimentos e bebidas (0,63%), moradia (0,48%) e transporte (0,27%).

“As temperaturas mais altas e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país são fatores que influenciam a colheita de alimentos, principalmente os mais sensíveis ao clima, como é o caso dos tubérculos, dos legumes e das hortaliças”, explicou em nota André Almeida, gerente do IPCA no IBGE.

De qualquer forma, a inflação acumulada em 12 meses continua na trajetória descendente iniciada no mês anterior, após os aumentos de julho, agosto e setembro.

Nesse patamar, a inflação permaneceu abaixo do teto da meta do Banco Central do Brasil (BCB), fixada em 4,75%.

A expectativa do mercado é que no final deste ano a inflação fique em 4,51%, segundo a última pesquisa Focus do BCB divulgada na segunda-feira.

A autoridade monetária acompanha de perto o nível da inflação na sua estratégia de continuar a redução da taxa de juros de referência Selic, atualmente fixada em 12,25%.

rsr/app/llu/aa