A Fifa anunciou no último dia 20 que fará uma intervenção na Confederação Africana de Futebol (CAF, na sigla em francês) por conta de irregularidades e escândalos. Nesta quarta-feira, na cidade do Cairo, no Egito, onde participou do Congresso da CAF, o presidente da entidade máxima do futebol, o suíço Gianni Infantino, afirmou que a “ajuda” da Fifa será muito benéfica para o continente.

“O que conta é que nós decidimos cooperar com a mais alta administração da Fifa vindo trabalhar com a CAF… Para desenvolver o futebol africano de forma mais significativa”, afirmou Infantino logo após o evento desta quarta-feira na capital egípcia. “Isso é sobre democracia. Colhemos depoimentos de todos e juntos tentaremos fazer o melhor. O único que peço é para nos julgar pelos resultados e não pelas especulações”.

A senegalesa Fatma Samoura, secretária-geral da Fifa, foi designada por Infantino como a interventora na Confederação Africana de Futebol por um período de seis meses, que vai de 1.º de agosto deste ano até 31 de janeiro de 2020. A dirigente será assistida por um grupo de especialistas que trabalharão em espírito de parceria com o presidente da CAF, Ahmad Ahmad, e sua equipe em diversas áreas.

No Congresso da CAF, ficou decidido nesta quarta-feira que a final da Liga dos Campeões do continente vai ser disputada em um único jogo, em campo neutro, a partir de 2020. A mudança do formato acontece depois da polêmica da última decisão, que manchou a imagem do futebol africano. No dia 31 de maio, os marroquinos do Wydad Casablanca abandonaram o campo contra o Espérance, na Tunísia, em sinal de protesto pelo não funcionamento do árbitro de vídeo (VAR).

A CAF considera que a partida não reuniu as condições necessárias de organização e segurança e, assim, o Espérance terá de devolver o troféu conquistado e repetir o jogo, em terreno neutro. Os tunisianos apelaram à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), que deve decidir a questão até o próximo dia 31.