Mais uma vez, as secretarias estaduais e municipais da Saúde tomam à frente para salvar vidas humanas na pandemia — agora, as das crianças desse País. Duas mil e duzentas delas já morreram de Covid.

A maioria dessas secretarias já se manifestou, em carta pública, que não aceitará as absurdas recomendações do arremedo de ministro da Saúde, doutor (doutor?) Marcelo Queiroga.

Ele exige, obedecendo ao capitão Bolsonaro, que as crianças apresentem prescrição médica e carta de autorização dos pais.

Queiroga é uma manifestação viva de que a inteligência não vem com o diploma.

Francamente, doutor (doutor?), o senhor acha que crianças de 5 a 11 anos de idade, que são as que serão vacinadas, irão sozinhas aos postos de saúde? Ou já irão com os pais ou responsáveis? Pensar é bom para o cargo que o senhor ocupa, embora não tenha competência para isso.

E as crianças de famílias pobres que não têm acesso a médicos ? E as crianças em situação de rua ? Nada importa para os negacionistas, tenham ou não registro de médico — o do senhor deveria ser apreendido para o bem da saúde das crianças. Mas para isso o Brasil precisaria daquilo que não tem: um Conselho Federal de Medicina eficiente, independente e sem ideologias.

Volto aqui ao tema da vacinação infantil devido à emergência da imunização.

Há uma variante proliferando-se com extrema velocidade.

Felizmente, Queiroga não se prolifera. Um só já é uma pandemia de descaso e ineficiência. Falou no atual ministro? Nihil novi sub sole. Só há erro. Doloso.