A greve dos caminhoneiros, deflagrada nas últimas duas semanas de maio, influenciou o consumo de energia nos principais setores industriais do País, que registraram queda de 2,4% no período, segundo análise da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

De acordo com a entidade, os ramos de atividade mais prejudicados pela paralisação foram o alimentício, com queda no consumo de energia de 39,5% no período entre 23 e 31 de maio, bebidas (-31%), veículos (-28,6%), manufaturados diversos (-24,2%), madeira, papel e celulose (-22,7%) e de minerais não metálicos (-21,6%).

A análise mostra que no período anterior ao da paralisação, entre 1º e 22 de maio, estes mesmos segmentos apresentaram aumento no consumo de energia: alimentícios (+1,5%), bebidas (+7%), veículos (+5,7%), manufaturados diversos (+3,3%), madeira, papel e celulose (+6,4%) e minerais não metálicos (4,7%). “(Isso) confirma o impacto significativo da greve no desempenho da indústria no último mês”, concluiu.

Com isso, no consolidado do mês de maio, o setor alimentício, por exemplo, consumiu 10,9% menos energia ante igual etapa de 2017, enquanto o de bebidas diminuiu sua demanda em 4,7% e o automotivo recuou em 4,7%.

Dentre os setores menos afetados pela greve estão o de transportes, que encerrou o mês com alta de 1,1%; saneamento (+1,2%); extração de minerais metálicos (+0,5%); telecomunicações (+0,2%).

Em nota divulgada nesta segunda-feira, a CCEE informa que o consumo de energia em todo o País ficou estagnado (0,0%) frente à demanda por energia no mesmo período de 2017. Dados prévios informados pela própria instituição tinham indicado uma queda de 0,8% no consumo de energia em maio.

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