A indústria paulista eliminou 3,5 mil vagas em março de 2016, o que representa uma queda de 0,61% no nível de emprego na comparação com fevereiro, já descontados os efeitos sazonais de acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na série sem ajuste, o recuo foi de 0,15%, o que indica que, em números absolutos, o número de demissões no período foi o menor desde maio de 2015.

Na comparação com março de 2015, foram eliminados 244,5 mil postos de trabalho, dos quais 31 mil apenas no primeiro trimestre deste ano. Na base de comparação interanual, o nível de emprego despencou 9,72%, a 54ª retração consecutiva.

Dos 22 setores pesquisados, em 14 houve eliminação de vagas. Em seis deles houve mais contratações que demissões, e dois registraram estabilidade. Do lado positivo, o melhor desempenho ficou novamente com o setor de produtos alimentícios, com a criação de 6,8 mil vagas.

Segundo a Fiesp, pesou para este resultado as contratações no segmento de açúcar e álcool, influenciado pela antecipação da safra da cana-de-açúcar.

Também contrataram mais que demitiram, na passagem de fevereiro para março, os setores de coque e biocombustíveis (3.333 postos), couro e calçados (1.322 postos), bebidas (379), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (277), produtos de madeira (116) e outros equipamentos de transportem exceto veículos automotores (13).

Segundo a Fiesp, entre os setores que mais demitiram em março estão os ligados à produção de veículos, com destaque para o setor de produtos de borracha e de material plástico (-3.422 vagas). Também encabeçam a lista os segmentos de máquinas e equipamentos (-1.913), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-1.891), metalurgia (-1.808) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-1.491).

Dentre as 36 regiões do Estado analisadas pela Fiesp, 24 tiveram variação negativa no índice de emprego em março, enquanto 12 contrataram mais do que demitiram.