A atividade econômica da China mostrou desempenho pior do que o esperado e deu novos sinais de desaceleração em julho, num momento de crescente tensão comercial do país asiático com os EUA.

Dados oficiais, divulgados no fim da noite de ontem pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, pela sigla em inglês), mostram que a produção industrial chinesa subiu 6% na comparação anual de julho, mantendo o mesmo ritmo de junho, mas frustrando a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam um ganho mais acentuado, de 6,4%.

Em relação a junho, a produção industrial da China aumentou 0,48% no mês passado.

Já as vendas no varejo chinês tiveram expansão anual de 8,8% em julho, menor do que a alta de 9% verificada em junho e aquém também da projeção de analistas, que esperavam novo acréscimo de 9%. No confronto mensal, as vendas avançaram 0,67% em julho.

Os investimentos em ativos fixos de áreas não rurais, por sua vez, tiveram crescimento de 5,5% entre janeiro e julho na comparação com igual período do ano passado. O resultado é o mais fraco desde o fim de 1999 e ficou igualmente abaixo da previsão de analistas, que era de ganho de 6%, taxa registrada ao longo do primeiro semestre.

Os números abaixo das expectativas vêm num momento em que a China está envolvida em disputas comerciais com os EUA. Numa tentativa de corrigir o que classifica de desequilíbrios na balança comercial bilateral, Washington já impôs tarifas de 25% sobre US$ 34 bilhões em importações chinesas, montante esse que deverá aumentar para US$ 50 bilhões a partir do dia 23. Em reação, Pequim vem retaliando na mesma medida contra bens importados dos EUA. Fonte: Dow Jones Newswires.

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