O dólar recuou ante rivais nesta quarta-feira, 31, com investidores de olho no pacote de cerca de US$ 2 trilhões em investimentos à infraestrutura proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O recrudescimento da pandemia de coronavírus ficou no radar e limitou os ganhos do euro.
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em queda de 0,07%, a 93,232 pontos. No primeiro trimestre, o índice avançou 3,66%. “A força do dólar vem, em parte, do avanço da vacinação, que contribuiu para a melhora na confiança”, explica o Western Union.
O presidente americano, Joe Biden, redobrou aposta na política econômica com ênfase no investimento público e apresentou plano de cerca de US$ 2 trilhões para modernizar a infraestrutura, em um esforço para melhorar a competitividade do país frente ao meteórico avanço chinês. Parte do projeto será financiada por aumento de impostos
No fim da tarde em Nova York, a divisa dos EUA recuava a 110,72 ienes, enquanto euro avançava a US$ 1,1732 e libra, a US$ 1,3788. Na Europa, o avanço do coronavírus leva à imposição de mais medidas de restrição à mobilidade. O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou hoje um novo lockdown a partir de sábado para tentar conter a disseminação da doença. Há expectativa de que Itália e Alemanha façam o mesmo.
Para a analista Kathy Lien, do BK Asset Management, esse quadro impedirá uma valorização acentuada da moeda comum. “Tudo isso significa que a contração econômica do primeiro trimestre se estenderá para o segundo, dando poucas razões para que investidores comprem euro”, explicou.
Na seara de indicadores, a taxa anual de inflação ao consumidor acelerou de 0,9% em fevereiro para 1,3% em março, como se previa, segundo números preliminares divulgados hoje. Já o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 1,3% no quarto trimestre de 2020 ante o terceiro, mas encolheu 7,3% na comparação anual.
Ante emergentes, o dólar recuava a 20,4539 pesos mexicanos e a 75,709 rublos russos.