09/09/2024 - 14:36
O índice de preços Ceagesp encerrou o mês de agosto com recuo de 0,55% em relação a julho, marcando a quarta variação negativa consecutiva. No mês anterior, foi registrada baixa de 8,02% no índice. Com o resultado, o índice caiu 4,77% no acumulado do ano, mas, no acumulado de 12 meses, ainda registra alta de 11,48%.
Segundo a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), instabilidades climáticas têm provocado incertezas na produção de alimentos in natura. “O sobe e desce das temperaturas acaba se refletindo nos preços dos produtos e, consequentemente, na volatilidade do índice”, explicou.
Neste contexto, o destaque ficou com o setor de Diversos, que apresentou a maior redução de preços no período e a maior variação negativa dos últimos três anos entre todos os setores analisados, disse a Ceagesp. “O ritmo acelerado das colheitas e a baixa pluviometria nas principais regiões produtoras de batata e cebola nesta época do ano têm contribuído para o alcance desses resultados”, afirmou.
O setor de frutas avançou 3,4% em agosto, ante variação negativa de 1,71% no mês anterior. Em igual período do ano passado, subiu 2,96%. Com o resultado, as frutas encerraram o mês com alta acumulada neste ano de 0,12% e de 16,11% em 12 meses.
Dos 48 itens cotados, 52% apresentaram alta de preço, sendo os principais mamão havaí (+121,16%), mamão formosa (+43,12%), abacate breda (+37,44%), banana nanica (+35,14%) e banana prata (+31,33%). As principais reduções foram para morango comum (-31,51%), manga palmer (-17,69%), abacaxi havaí (-14,59%), pera rocha importada (-13,19%) e uva rubi (-11,76%).
Quanto aos legumes, houve variação negativa de 0,74% no mês passado, ante redução de 26,22% em julho. Em agosto do ano passado, o setor caiu 0,98%. Com o resultado obtido, o acumulado no ano cedeu 15,53% e 3,77% em 12 meses.
Dos 32 itens analisados, 50% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de tomate carmem (-23,63%), maxixe (-21,62%), tomate pizzad’oro (-21,51%), pimentão verde (-18,13%) e tomate caqui (-14,29%). As principais altas foram de pepino comum (+57,38%), abobrinha brasileira (+41,21%), pepino japonês (+40,14%), pimentão amarelo (+38,50%) e quiabo (+35,16%).
Para verduras, houve variação negativa de 6,44% no setor em agosto, contra queda de 16,12% em julho. Em período equivalente de 2023, o setor teve baixa de 9,43%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado negativo de 25,77% no ano e de baixa de 1,71% em 12 meses.
Dos 39 itens cotados, 82% apresentaram redução de preço. As principais quedas foram de coentro (-31,30%), beterraba com folhas (-30,93%), repolho verde/liso (-24,59%), couve manteiga (-21,13%) e alface crespa (-15,65%). As principais altas ocorreram para couve-flor (+9,05%), brócolos ninja (+6,48%), cebolinha (+3,64%), cogumelo shimeji (+3,05%) e louro (+2,99%).
No setor de diversos, o recuo foi de 18,02% no oitavo mês do ano, ante uma variação negativa de 6,10% no mês anterior. No ano passado, o setor apresentou baixa 7,01% em igual período. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com baixa de 0,27% no ano, mas alta de 30,77% em 12 meses.
Dos 11 itens analisados, 91% apresentaram redução de preço. As principais reduções foram de batata escovada (-30,39%), cebola nacional (-28,57%), batata lavada (-27,94%), batata asterix (-19,79%) e ovos vermelhos (-8,39%). já a principal alta ocorreu no preço de ovos de codorna (+6,31%).
Por fim, o setor de pescados caiu 2,39% em agosto ante uma variação positiva de 1,31% no mês anterior. Em período equivalente do ano passado, o setor teve variação de 1,16%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de -3,57% no ano e de 1,90% em 12 meses.
Dos 28 itens cotados, 43% apresentaram redução de preço. As principais reduções foram de sardinha lages (-20,71%), pescada amarela (-13,42%), salmão importado (-13,24%), polvo (-9,34%) e tilápia (-8,37%). já as principais altas ocorreram nos preços de tainha (+22,77%), peroá branco (+21,65%), anchovas (+12,28%), espada (+9,83%) e sardinha fresca (+8,65%).