O índice de preços ao consumidor na China registrou leve alta em junho, mas ficou abaixo das expectativas dos analistas, segundo os dados oficiais divulgados nesta quarta-feira (10).
O índice subiu 0,2% em ritmo anual em junho, contra um avanço de 0,3% em maio. Este é o quinto mês consecutivo de alta, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE).
O país saiu em fevereiro de um período deflacionário com aumentos moderados dos preços, em contraste com outras grandes economias que enfrentam taxas de inflação elevadas.
No final de 2023, a China enfrentou quatro meses seguidos de deflação. Em janeiro, o país registrou a contração mais expressiva do índice de preços em 14 anos.
Analistas consultados pela Bloomberg projetavam uma inflação de 0,4% para junho.
A economia chinesa foi afetada por uma crise prolongada do setor imobiliário, que já foi responsável por 25% do PIB do país.
Ao mesmo tempo, o desemprego entre os jovens atingiu 14,2% em maio e afeta a demanda interna.
Segundo o ONE, os preços ao produtor caíram 0,8%, contra 1,4% de maio. Este índice acumula 20 meses de queda.
“O risco de deflação não desapareceu na China”, afirmou Zhiwei Zhang, economista chefe da Pinpoint Asset Management, à AFP.
“A demanda interna continua frágil e, a longo prazo, a China precisará de uma recuperação da demanda interna para estimular a economia”, acrescentou Zhang.
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