São Paulo, 26 – O baixo volume de gado terminado para abate e as exportações aquecidas de carne bovina in natura impulsionaram os preços do boi gordo no mercado físico. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o Indicador do boi gordo Esalq/BM&FBovespa acumula alta de 2,86% na parcial do mês de setembro até a terça-feira, 25, quando fechou a R$ 151,00. A disponibilidade de gado deve seguir restrita até a saída dos animais do segundo giro de confinamento, em outubro.

Quanto às vendas externas, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, na parcial setembro (14 dias úteis), os embarques de carne bovina in natura já ultrapassaram 112 mil toneladas.

A média diária das exportações de setembro é de 8,1 mil toneladas, ante 6,3 mil em agosto. Com isso, até o fim deste mês, o volume enviado ao mercado externo pode somar mais de 150 mil toneladas, um novo recorde.

“Esse forte ritmo dos embarques está atrelado ao elevado patamar do dólar, que torna a carne bovina brasileira mais competitiva no mercado externo”, avalia o Cepea.

Na parcial de setembro, o valor médio de exportação da carne está em US$ 3.391,50 por tonelada, o menor desde março de 2016.